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domingo, 29 de maio de 2011

Papo Rápido em Ninho Tucano



Diálogo no ninho tucano: "O que fazemos com o Papa ai do lado? Ele ameaçou nos deixar, se não dermos um carguinho à ele... Ah põe ele pra presidir o Conselho Político... Conselho? Que Conelho? ... Aquele que criamos pra mentir pro Brasil que discutimos projeto ..."

sábado, 28 de maio de 2011

Desabafo ...

Estão tentando nos oprimir de novo.

E eu que achei que o problema estava apenas dentro da faculdade... A coisa toda esta pior do que se pode imaginar. Temos visto na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara- UNESP- uma enorme tentativa de repressão ao embrionário movimento estudantil. Na ultima sexta feira, 13 de maio de 2011, a moradia estudantil foi invadida pela policia militar a mando da diretoria da faculdade, com o argumento de que seria realizada uma festa com bebidas alcoólicas e som alto. Mas a tal “festa” era apenas uma integração entre alunos, para que as pessoas que não moram na moradia tivessem a oportunidade de ver as condições pelas quais aqueles alunos estavam passando, pois já algum tempo estão reivindicando melhorias nas instalações já existentes e a inauguração de novos blocos que dariam moradia para dezesseis novos estudantes. Pela demora da Universidade em atender aos pedidos dos alunos esses blocos foram invadidos e ocupados. Com isso os alunos responsáveis foram advertidos e foram abertas sindicâncias para investigar o que realmente aconteceu.

Paralelamente a isso temos também a Marcha da Maconha que seria realizada no dia 21 de maio, que estava prevista para sair de perto do MASP e seguir pela Avenida Paulista até chegar na Consolação, mais por uma ordem judicial essa manifestação foi proibida. Usaram o argumento de que a passeata seria para fazer apologia ao uso de drogas. Como resposta a insistência dos manifestantes a policia partiu para cima deles com bombas de gás lacrimogênio, tiros com balas de borracha e sprays – sei lá como se escreve- de pimenta. Mesmo assim a manifestação seguiu por 3 km.

Mas a população também se articulou para dar uma resposta a essa atitude autoritária das autoridades, esta previsto para hoje, 28 de maio, às 14 horas no mesmo local uma outa passeata que defende a liberdade de expressão. Mas antes mesmo da consolidação do movimento saiu outra ordem judicial que proíbe a manifestação.

Agora pergunto: em que país, em que mundo e em que século estamos vivendo? Pelo que eu sei, vivemos em um país livre e democrático. E por que essas repressões todas? É um absurdo, achei que as censuras tivessem acabado com a ditadura, mas vejo que ainda restam pessoas com a mesma mentalidade daquela época. Sinto-me tocada com tudo isso, temos que sem dúvida reavivar o movimento estudantil, não com a mesma cara de antes, mas com novas ideologias e pontos de atuação. Em relação às passeatas, ninguém tem o direito de tomar essa liberdade do cidadão. Se tivermos que lutar pela nossa liberdade de novo com certeza o faremos, mas depois de tudo o que foi feito pelos defensores da democracia na ditadura não podemos nos deixar oprimir da forma com que estão tentando.

Liberdade de expressão, de opção sexual e de todas as outras coisas são direitos conquistados por todos nós, temos que zelar por eles e não simplesmente fechar os olhos para tudo isso como se não fosse um problema nosso.

Liberdade já!


Talita Barros
Graduando em Ciências Sociais pela Unesp/Araraquara

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Reportagem da Tribuna Impressa

Complexo das Roseiras passará por ajustes na próxima semana

O novo conjunto de semáforos instalado na Rotatória das Roseiras completou ontem uma semana de funcionamento e já deverá passar por ajustes nos próximos dias, em decorrência da reclamação dos lojistas do entorno.

Eles alegam que estão tendo prejuízos desde as alterações e procuraram a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) pedindo uma solução para que a queda nas vendas não aumente.

Em linhas gerais, o secretário da pasta, Cid Monteiro de Barros, vê com sucesso as operações e as mudanças feitas em um dos pontos mais críticos do trânsito da cidade para conter a incidência e o risco de acidentes graves. Mas admite fazer alterações para não prejudicar a população em geral. "Está muito satisfatório o resultado. Garantimos o bom fluxo, a redução de acidentes e a segurança do pedestre", analisa.

As maiores críticas a todo o complexo de trânsito montado na área da Rotatória das Roseiras concentram-se na situação da Avenida Luís Alberto. Antes, a via era o principal corredor de acesso à Vila Xavier e à Rua Maurício Galli. Hoje, está, segundo os moradores, completamente abandonada.

Os comerciantes da avenida alegam perdas com a queda no movimento, uma vez que o fluxo de veículos foi desviado para a Avenida José Parisi, paralela à Luís Alberto. Walter Pereira da Silva, de 36 anos, sócio-proprietário do Empório Roseiras, aponta 50% de queda da freguesia. "Neste momento estava assistindo televisão com meus funcionários, porque não temos movimento. Estou para ter um enfarto", desabafa.

O empresário estima cerca de R$ 1,5 mil de perdas diárias em vendas. "O que eu produzia duas vezes ao dia passei a produzir uma e jogo metade fora. Clientes da Fonte e da Vila Xavier sumiram", calcula.

O mesmo prejuízo é sentido pelo garagista Edson Luiz Berto, 35, proprietário da AutoCar Veículos. "As vendas caíram pela metade. Ninguém mais para aqui para fazer negócios."

A reclamação estende-se por conta de os comerciantes não terem sido consultados sobre as mudanças ou o que seria viável do ponto de vista das lojas. "Mataram a Luís Alberto. Mataram o comércio e a valorização dos imóveis", resume Silva.

Reforma política: Lula e centrais debatem Constituinte exclusiva


Reunido com centrais sindicais, o ex-presidentLula debateu a formulação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Segundo lideranças, na saída do encontro, entre os vários temas relativos à reforma, foi debatida a possibilidade de instituir um Parlamento especial para alterar a Constituição de modo a regular o sistema eleitoral. O encontro durou mais de duas horas no Instituto da Cidadania, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

Além da Constituinte, foi tratado no encontro o financiamento público de campanha - uma posição defendida de forma unânime por sindicalistas -, o fortalecimento dos partidos políticos, a regulamentação dos plebiscitos e a unificação dos pleitos como forma de baratear as eleições. O debate aventou a possibilidade de unificar as eleições para prefeito, governador e presidente da República a partir de 2014.

"Lula acha que deve ser feita uma eleição para fazer uma Constituinte exclusiva", disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). O representante da Força Sindical foi ainda cético em relação à viabilidade da reforma política no caso de serem mantidas as divergências. De acordo com sindicalistas, o tema da crise do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, no governo federal não foi tratado no encontro.

"Cada central apresentou sua proposta e foi colocada a importância do envolvimento da sociedade no processo de reforma política", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique da Silva Santos. "Não é uma reforma para o ano que vem, é algo para ficar para a história", disse o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Governo de Araraquara Desenvolvimento para Todos

GIGANTÃO PARADO À 7 MESES

http://www.araraquara.com/imagens/fotos-do-dia/2011/05/24/gigantao-aguarda-testes-finais.html

domingo, 22 de maio de 2011

Política Econômica põe governo Dilma à esquerda de Lula


Ex-ministro tucano, Luiz Carlos Mendonça de Barros, 68, traça diferenças entre Lula e Dilma. Conclui que a atual política econômica está mais à esquerda. Nesta entrevista, fala de inflação e sugere redução no crescimento.

Também advoga a implantação de quarentena para o capital externo.
Para Mendonça, as finanças vão ficar menos confiantes no governo se o ministro Antônio Palocci (Casa Civil) cair. Executor de boa parte da privatização nos anos FHC, avalia que o PSDB é hoje um partido mais medíocre.

Folha - Quais são as diferenças ente Dilma e Lula?
Luiz Carlos Mendonça de Barros - A economia de Lula era continuidade da de FHC. Quando a inflação ameaçava subir, o BC aumentava juros. Está claro que Dilma mexeu nessa lógica.
O pessoal da Unicamp passou a ter papel de formulador de política. O Banco Central de [Henrique] Meirelles tinha uma linha mais liberal, de gente do mercado financeiro. O BC de Dilma é formado por burocratas.
Existe uma visão de que o BC era sempre capturado pelas finanças.
Não era capturado. O BC reproduzia a leitura que o mercado financeiro tem da política econômica.

E agora não mais?
Não. Há diferença de comportamento. É muito difícil para um burocrata ir contra a hierarquia. Com Lula, havia um conflito entre BC e Fazenda. Quem ganhava era o BC.
Houve uma inversão. A política econômica é conduzida por [Guido] Mantega. No sistema de metas, está se levando em consideração o custo para o crescimento. E usam outros instrumentos além dos juros, como as medidas macroprudenciais.

O mercado financeiro está insatisfeito?
Quer acreditar que não mudou nada. Está num período de grandes incertezas.

O mercado está sendo prejudicado?
Não, mas muda a forma de trabalhar. O mercado detesta mudança. O governo Dilma -e daí a importância da questão do Palocci- tem uma irracionalidade. Tem um lado que aparentemente é dominante e que tem uma leitura diferente da de Lula. E o Palocci é um sinal de que a racionalidade anterior não está abandonada.

O sr. acha que ele vai ficar?
Não sei. A Bolsa caiu, o dólar subiu. É porque tem uma insegurança latente. Se Palocci sair, vai ter um efeito importante sobre expectativas. Vai ficar menos confiante na política do governo. É importante mostrar que Dilma tem política diferente.

É mais à esquerda?
O pensamento econômico do governo Dilma é mais à esquerda do que na época de Lula. Tem uma ideia de intervenção mais forte do Estado.
Com Lula havia um certo conflito. A macroeconomia era bem ortodoxa, mas o Estado intervinha. Com Dilma aumentou essa contradição.
Ela é mais ideológica. Não percebeu a herança maldita de Lula. O crescimento do consumo foi forte e não foi acompanhado pelo investimento produtivo. Entraremos num período em que a inflação vai cair porque tem deflação nas commodities.

O país pode se desamarrar do sistema de metas de inflação?
Não, porque é preciso uma referência. Sou a favor de um sistema de metas que leve o custo da convergência da inflação em consideração. Mas fazer isso agora é complicado. Bagunça as expectativas.

É preciso reduzir o crescimento agora?
Não há dúvida. O aspecto mais preocupante é o mercado de trabalho. No início de Lula o desemprego era de 12%. Hoje é de 6%. Isso faz uma diferença brutal.

O Serra trabalha?


Tomando café em um estabelecimento (ruim e caro) do aeroporto de Curitiba, presto atenção na discussão da mesa ao lado. Era mais ou menos assim:

- Tá bom, o Lula tá cobrando caro por palestra. Mas tá trabalhando, não tá?
- É, sempre tem um louco pra pagar pra ouvir.
- O FHC não faz palestra? Ele pode, o Lula, não?
- O Lula é um encostado.
- Bem, ele tá trabalhando. Tá cobrando não sei quantos mil dólares pra palestrar. Inclusive, é bem mais do que consegue cobrar o Fernando Henrique. Aliás, me diz uma coisa. E o Serra, faz o que?
- Tão tentando colocar ele num instituto do PSDB. A presidência do partido não conseguiu.
- Então, e esse senhor vive do que? Já faz sete meses da eleição. Quem é que paga as contas dele? Ele trabalha?
- Ele é economista.
- Ah, mas e o diploma? Ele nunca mostrou. Não tem diploma válido no Brasil. Por acaso ele exerce e economia lá no Chile? Te pergunto de novo, o Serra trabalha?
- Deve trabalhar, eu não sei.
- Pois é. Então vai ver primeiro isso, e depois você vem falar mal do Lula que tá trabalhando e ganhando. Vai se informar primeiro quem é que paga as contas do Serra. Que eu sei, ele não trabalha.

Este blog gostou do diálogo. E por isso, faz coro na pergunta. O Serra trabalha? Quem paga as contas dele?

Rebelião jovem faz Madri sumir do mapa



Há dias venho registrando aqui o que só – perdoem – mal e porcamente a imprensa brasileira vem mostrando: a força das rebeliões jovens que, partindo da Espanha, estão se espalhando pela Europa.

Leia aqui porque Não há lugar para os jovens no Velho Mundo.

Hoje é a BBC que divulga – e só a Folha reproduz, os outros jornais nem chamadinha da página de noticiário internacional – que “cerca de 25 mil manifestantes desafiaram uma proibição do governo da Espanha e continuaram acampados durante a noite desta sexta-feira em uma praça da capital, Madri”.

A proibição decretada pela Justiça entrou em vigor à meia-noite, mas as multidões continuaram no local, e a polícia não entrou em ação para desmobilizar o protesto, diz

A manifestação começou há seis dias na praça Puerta del Sol, de Madri, com jovens espanhóis sentando-se e preparando acampamento no local, para protestar contra o indice de 45% de desemprego entre a população jovem do país.

O pior cego não é o que não quer ver. É o que não quer que vejam.

De: Tijolaço.com.br
http://www.tijolaco.com/rebeliao-jovem-faz-madrid-sumir-do-mapa/

Mais uma "arma" para a Juventude de Araraquara

Nasceu neste último sábado, da 21 de Maio, a Juventude em Movimento.

Grupo composto por jovens de vários setores da sociedade que uniram-se para dar base as ações juvenis em Araraquara.

Os trabalhos vão se focar na Educação; Ciência, Tecnologia e Inovação; Políticas Públicas.

Jovens cansados de promessas que não dão resultados práticos para o setor, agora farão pelas próprias mãos.

Aguardem novidades ...

2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas

Confira a programação do 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas
publicado em 12 de maio de 2011 às 22:44 na 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, Banda Larga, Barão, Direito à comunicação, Internet, Notícias

De 17 a 19 de junho, Brasília abrigará o 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas. A expectativa é que centenas de blogueiros, tuiteiros, jornalistas on-line e ativistas das redes sociais participem dos três dias de programação. Além de palestras, debates e mesas autogestionadas, haverá uma plenária final para discutir as deliberações do Encontro.

É aguardada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que em novembro de 2010, numa iniciativa pioneira, concedeu entrevista coletiva a representantes da blogosfera. Outro convidado especial da 2ª edição do Encontro é Almed Bahgat, um dos principais blogueiros de Egito. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o jurista Fábio Konder Comparato e a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) também farão exposições.

Confira abaixo a programação provisória do 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas

17 de junho, sexta-feira
19 horas Palestra de abertura: “Os Desafios da Comunicação na Atualidade”
– Paulo Bernardo (Ministro das Comunicações)

21 horas Festa de confraternização

18 de junho, sábado
9 horas Debate: “A Urgência do Marco Regulatório das Comunicações”
– Fábio Konder Comparato (Jurista, autor da ação na justiça pela regulação da mídia)
– Luiza Erundina (Deputada federal e coordenadora Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular)
– Venício A. de Lima (professor da UnB, autor do recém-lançado “Regulação das Comunicações”)

14 horas Mesas autogestionadas
– Propostas já apresentadas: “Os Partidos e a Luta pela Democratização da Mídia”, “As Mulheres na Blogosfera”, “O Sindicalismo na Era Digital”, “A Luta pela Liberdade na Rede”, “Arte e Humor na Blogosfera” e “O Papel das Lan Houses”

18 horas Palestra: “O Papel da Internet nas Revoltas no Mundo Árabe”
– Almed Bahgat (Blogueiro egípcio)

19 de junho, domingo
9 horas Reunião em grupo
– Troca de experiências, balanço do último período e plano de ação da blogosfera

14 horas Plenária final
– Aprovação do documento do 2º Encontro, plano de ação e organização e eleição da nova comissão nacional organizadora

sábado, 21 de maio de 2011

Eleições 2012

Vem aí uma pesquisa pedida pelo Partido dos Trabalhadores para avaliar a preferência da população araraquarense nas próximas eleições.

Novidades !?

Novidades na política local

No último sábado, dia 14 de Maio, eu, Matheus Santos, um dos colaboradores do Valor&Virtud, tive a honra de ser eleito pela juventude do PT de Araraquara como o seu novo Secretário.

Com responsabilidades que vão desde a rearticulação da Secretaria no Partido até a organização da Juventude em toda a nossa cidade, recebo essa missão de peito e coração abertos colocando a visão da Política e das suas Utopias no centro do debate novamente, pois precisamos voltar as disputas ideológicas.

O mundo, o Brasil e nossa querida Araraquara não suportam mais o modelo Capitalista de ser e viver, o consumo excessivo e o individualismo globalizado. Precisamos de um modelo econômico/social que tenha como base o trabalho e preocupações conjuntas.

Está mais do que na hora do Socialismo Democrático ser a nossa nova propositura para as gerações presentes e as futuras.

Um forte abraço à todos e que o Socialismo vença !!!

Matheus Santos
Secretário de Juventude do Partido dos Trabalhadores de Araraquara
mtssouza_santos@hotmail.com

Artigo da companheira Gabriela Palombo

A Juventude não pode e não quer ser coadjuvante. Protagonismo já!

Foi com reconhecimento extremamente positivo que recebemos a notícia da criação do gabinete de gestão integrada de combate às drogas, proposto recentemente pelo juizado da Vara da Infância e Adolescência de Araraquara em conjunto com o governo municipal e sociedade civil. O trabalho participativo articulado entre os poderes, pensado e executado de forma transversal e integrada, é o que se tem de mais avançado na perspectiva da gestão pública. Tanto o é, que o PT em seu programa de governo nas eleições em 2008 já apresentava propostas de trabalho nesse sentido, com vistas não apenas ao combate à drogadição infantil e juvenil, mas nas áreas estratégicas de desenvolvimento local. Trata-se de um modelo de gestão, transversal e integrado, pensando a cidade como um todo. Assim, a proposta recém aprovada pela Câmara, ainda que com foco reduzido, merece nosso crédito. Para contribuir com esses trabalhos, trazemos à reflexão das autoridades uma falha identificada no formato proposto que, sob o nosso ponto de vista, merece ser repensado: a sub-representação da Juventude nas discussões a que se propõe o gabinete. Inicialmente criado com foco no combate ao consumo de drogas ilícitas entre crianças e adolescentes, recentemente ouvimos a notícia de que o gabinete também participará da discussão, proposta pela Câmara Municipal, de proibição a festas organizadas no formato “open bar”. Temos total acordo de que a relação entre drogas x drogas lícitas x consumo entre crianças, adolescentes e jovens deve ser pensada com seriedade pelo poder público, uma vez que a situação extrapola os limites da razoabilidade. Entretanto, não é possível avançar sem que a Juventude participe diretamente deste debate, ouvindo e sendo ouvida. Carecemos de voz nesse espaço, não há um único organismo de Juventude presente no gabinete, nem do governo nem da sociedade civil. O Conselho de Juventude, desde 2009 está desativado, uma vez que o prefeito Marcelo Barbieri não nomeou os representantes do governo para compor o COMJUVE. A Assessoria de Juventude não participa deste comitê, assim como não houve diálogo com os Centros Acadêmicos, a UMESA, juventudes partidárias, coletivos de cultura, a Atlética (uma das maiores organizadoras de festas “open bar” na cidade), juventudes religiosas, enfim, estamos, neste modelo atual, excluídos de qualquer representação. Em conseqüência, num debate de fundamental importância, a Juventude está muda. Aliás, observamos que o COMAD também está ausente no formato atual deste gabinete. Com a vitória da aprovação da PEC 138/2003 em 2010, que inclui o termo “juventude” no capítulo 227 da Constituição Federal, a Juventude passa a ser vista pelo Estado como “sujeito de direitos” sob uma perspectiva protagonista, bem diferente da visão tutelada estabelecida pelo ECA às crianças e adolescentes. Na prática, significa agir ativamente, estar em “primeiro lugar”. Portanto, não é mais razoável e se torna-se um equívoco discutir, formular e executar ações que dialogam diretamente com o cotidiano da Juventude sem sua participação direta. Baladas “open bar” e outras formas de lazer são organizadas, comercialmente, por jovens. A venda e o consumo de drogas, muitas vezes, também. Portanto, os jovens têm participação direta nessas questões, e é preciso que assumam também suas responsabilidades. E em conjunto com os demais segmentos, discutir alternativas que encontrem respostas concretas no seu cotidiano. O Mapa da Juventude aponta que, em Araraquara, enquanto 21,23% dos jovens freqüentam “casas de amigos” como primeira opção de lazer, apenas 10,06% dos jovens freqüentam “clubes e festas”. Assim, o quadro nos revela que grande parte dos jovens em Araraquara pratica o lazer e o consumo de bebida alcoólica, por exemplo, no espaço doméstico do bairro, na casa de amigos. Assim, o desafio para superar a realidade de consumo desenfreado de bebida alcoólica por parte da juventude vai muito além da restrição a festas no modelo “open bar”, conforme proposto. É preciso ter cuidado para, diante de um quadro tão complexo, adotar medidas radicais e conservadoras que, na prática, não encontrarão uma resposta positiva na realidade desses jovens. Tanto a discussão sobre as festas como o gabinete de gestão integrada são dignos de mérito. Mas a Juventude precisa participar com o respeito e protagonismo necessário e não mais como coadjuvante.

Gabriela Palombo
Secretária de Juventude do PT Araraquara
Assessoria de Juventude 2007/2008 (governo Edinho Silva/PT)

Matheus Santos: Companheira de fibra e PTista como poucos, tive o prazer de sucede-la na Secretaria de Juventude do PT de Araraquara.

Acabou a Lua de Mel ... estava na hora já

Palocci completa cinco dias sob tiroteio da mídia e da oposição

Por André Cintra

A artilharia começou no domingo (15), na principal matéria de capa da Folha. De acordo com o jornal, Palocci adquiriu, em 2009, um escritório em São Paulo por R$ 882 mil. No ano seguinte, pouco antes de assumir o ministério, comprou um luxuoso apartamento no valor de R$ 6,6 milhões. As aquisições só teriam sido possíveis devido aos lucros da Projeto Administração, aberta em 2006 por Palocci e por sua mulher.

Embora não faça acusações diretas ao ministro, a reportagem é cheia de insinuações. “Segundo os registros da Junta Comercial, a Projeto foi criada como consultoria e virou administradora de imóveis dois dias antes de Palocci chegar à Casa Civil”, diz a Folha, sem dar mais detalhes. “Na autobiografia Sobre Formigas e Cigarras, lançada em 2007, Palocci se descreveu como um homem de ‘poucos bens’ e manifestou ‘indignação’ com ‘boatos’ que circularam sobre suas finanças pessoais no passado”, provoca o jornal.

Não há uma denúncia direta, mas foi o estopim para que lideranças da oposição passassem, com os dias, a pôr Palocci no “olho do furacão”. Já na terça-feira (17), DEM e PPS ingressaram com pedidos de abertura de inquérito na Procuradoria-Geral da República, questionando o faturamento da empresa no período e quais foram os seus clientes.

O tom da mídia

Palocci argumentou que, como consultor, contava com o trunfo de ter vivido “uma experiência única que dá enorme valor a esses profissionais no mercado”. A experiência a que se referia era sua passagem pelo Ministério da Fazenda de 2003 a 2006, no primeiro mandato do governo Lula. Aliados do PT e do Planalto, invariavelmente de forma tímida, saíram em defesa do ministro.

Mas, a partir de terça-feira, enquanto a oposição tentava levá-lo à Câmara para depor, Palocci voltava a ser, dia após dia, exposto nas manchetes dos jornais, sobretudo os paulistas. Abandonando a cortesia habitualmente dispensada ao ministro, Folha e Estadão avançavam no tom das chamadas de capa.

Terça-feira, 17 de maio
Folha: “Comissão de Ética diz que Palocci não relatou bens”
Estadão: “Dilma blinda Palocci e oposição reage com cautela”

Quarta-feira, 18 de maio
Folha: “Ex-ministro vale muito no mercado, diz Palocci”
Estadão: “Cinco ministros de Dilma têm empresas de consultoria”

Quinta-feira, 19 de maio
Folha: “Ação do Planalto barra convocação de Palocci”
Estadão: “Negócio feito por empresa de Palocci é suspeito, diz Coaf”

Sexta-feira, 20 de maio
Folha: “Empresa de Palocci faturou R$ 20 mi no ano da eleição”
Estadão: “Palocci trabalhou para 20 empresas”

Sem força no Congresso, a oposição dificilmente conseguirá emparedar Palocci e emplacar um processo de desestabilização do governo. Depois de uma série de iniciativas desarticuladas, o PSDB tomou a decisão de buscar uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito).

Para tanto, é preciso reunir 27 assinaturas no Senado e outras 171 na Câmara — algo improvável, a não ser que parte da base aliada ao governo mude de lado. Na quarta, ao levar ao plenário da Câmara sua proposta, a oposição sofreu uma derrota vexatória: 72 a 266. Um dia depois, o DEM foi a cinco comissões permanentes para protocolar uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) contra Palocci.

Quebra de sigilo?

Da parte do governo, a defesa do ministro se fortaleceu. O líder Cândido Vaccarezza (PT-SP) lançou a suspeita de violação do sigilo de Palocci. “Para ter esse tipo de informação, tem que ter quebra de sigilo. Pode ser que tenha havido quebra de sigilo ilegalmente”, sustentou. “Tem que ver de onde saiu essa informação. Na lei que existe no país, o Palocci cumpriu todas as questões. Até aqui, com todos os dados que temos, não tem nenhum descumprimento legal feito pelo Palocci.”

Mas a oposição, ao menos nas declarações à imprensa, procura demonstrar otimismo. “Há gente constrangida dentro do governo, o que pode ajudar na investigação”, declara o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO). “Acreditamos em defecções dentro da base governista.” Já o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), afirma que “fazer tentativas de investigar também é uma forma de pressão para que o governo tome providências.”

Em artigo para o blog Luis Nassif Online, a jornalista Maria Inês Nassif opina que a situação de Palocci “pouco contribui para a discussão de sistema político” do Brasil. “Um debate de reforma política que abrir mão de entender por que é tão normal ex-dirigentes governamentais da área econômica acumularem fortunas depois que saem de cargos públicos será uma discussão sobre miçangas.”

Portal do Vermelho

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=154706&id_secao=1