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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Encontro Mundial de Blogueiros em outubro

Encontro Mundial de Blogueiros em outubro

Está confirmado o 1º Encontro Internacional de Blogueiros, de 28 a 30 de outubro, em Foz do Iguaçu. O evento vai discutir “O papel da globosfera na construção da democracia”.

São esperados internautas dos Estados Unidos, Europa, Ásia, África e América Latina.

Dentre os convidados internacionais estão o francês Ignácio Ramonet, criador do jornal Le Monde Diplomatique; o espanhol Manuel Castells, autor de diversos livros sobre a cultural digital; a norte-americana Amy Gooldmann, responsável pela rede “Democracy Now”; o espanhol Pascual Serrano, blogueiro e fundador do sítio Rebelion; o blogueiro cubano Iroel Sanches; o coordenador da campanha de Ollanta Humala (Peru), Elvis Moris; o argentino Pedro Bringler, blogueiro e diretor da TV Pública da Argentina.

Há grande expectativa mundial sobre o Encontro Internacional de Blogueiros, uma vez que um dos principais convidados internacionais é o Julian Assange, criador do Wikileaks.

Wikileaks é uma organização transnacional sem fins lucrativos que publica em seu site posts de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis. Pela importância e repercussão que teve no mundo nos últimos meses, o Wikileaks e a forma como os governos e empresas de comunicação tratam as informações, devem ser alguns dos principais temas a serem debatidos no Encontro Internacional de Blogueiros.

Sobre o papel da “Globosfera no Brasil” deverão dividir mesa de debate: Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada); Luís Nassif (Blog do Nassif); Hidegard Angel (blogueira carioca); Esmael Morais (blogueiro paranaense).

Nesta semana, o blog oficial do 1º Encontro Internacional de Blogueiros deverá entrar no ar com a programação e dicas de hospedagens em Foz do Iguaçu.

Para fazer sua inscrição acesse o site: http://blogueirosdomundo.com.br/

Fonte: Blog Participação Social

terça-feira, 5 de julho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

JUNTAR OS DIFERENTES E LUTAR CONTRA OS ANTAGÔNICOS

O título deste artigo é a frase dita pelo ex-presidente Lula no Encontro das Macros Regiões de São Paulo do Partido dos Trabalhadores, em Sumaré/SP, neste último final de semana. A frase de Lula define a estratégia petista para obter vitórias nas cidades paulistas e na cidade de São Paulo, visando conquistar o Estado de São Paulo, governado há 20 anos pelo mesmo grupo político. Mas o que Lula quis dizer com “juntar os diferentes”? E quem são os antagônicos?

Em uma breve reflexão, sobre o Governo Lula e o começo do Governo Dilma, esclarecemos melhor a estratégia petista. Vemos que o PT e os partidos aliados encampam a campanha do “Todos pelo Brasil”. Reunindo os partidos políticos e lideranças que queiram contribuir com este projeto encabeçado pelo Partido dos Trabalhadores, que vem dando belos resultados por todo o Brasil. Os “diferentes”, mencionados pelo ex-presidente, são os partidos que tem divergências pontuais, em relação às questões programáticas, mas que estão interessados de trabalhar com as convergências.

Neste contexto aparecem os antagônicos, ou seja, os opostos do projeto petista/aliados. No Brasil é evidente a polarização com o projeto demotucano e no Estado de São Paulo além de PSDB e DEM o PT tem resistência de uma parcela do PMDB, que se encontrava nas mãos do ex-governador Orestes Quércia. Encontrava-se! Porque no ano passo Quércia veio a falecer deixando todo o PMDB paulista “órfão” de uma grande liderança e sem consolidação do rumo político que tomariam já nas próximas eleições.

Neste novo cenário o PT de SP trabalha para transformar os pmdbistas antagônicos em aliados “diferentes”. E é Michel Temer, vice-presidente da República, quem trabalha dia e noite para essa transformação, tendo a ajuda da família Rossi (Ministro Wagner Rossi e o Deputado Estadual Baleia Rossi) e de Gabriel Chalita, segundo deputado federal mais votado em SP, no pleito de 2010, eleito pelo PSB e que agora se filia ao PMDB para disputar a prefeitura paulistana, grandes aliados do Governo Dilma.

Essa estratégia petista se mostra vitoriosa é só olharmos as conquistas do Governo Lula e agora Governo Dilma para à sociedade brasileira, cansada das disputas pessoais. É o amadurecimento político que o Brasil precisava, onde não temos anjos e demônios, e sim grupos políticos que pensam diferentes e disputam, democraticamente, pelo poder para que cada um possa implementar o que acreditam ser o melhor para o Brasil e para São Paulo. Líderes capazes de deixar suas diferenças históricas e olhar apenas para os interesses em comum, o bem-estar de toda a nação. Mostra-se ser essa a nova regra da política brasileira.

Matheus Santos
Secretário de Juventude do PT de Araraquara
Graduando em Administração Pública na Unesp/Araraquara

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não podemos retroceder

No dia 10 de Junho deste ano divulgou-se a matéria, em jornais impressos ou falados de Araraquara, tratando da audiência que o Prefeito Marcelo Barbieri fez com Ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence com a participação do senador Aluysio Nunes (PSDB/SP), para tratar de assuntos de alguns assentados do nosso município. Na ocasião o prefeito fez o seguinte comentário: “A Prefeitura de Araraquara tem uma ligação forte com os assentamentos, pois incentiva a agricultura familiar. O assentamento é bom e as famílias têm capacidade de produção. São justas as reivindicações dos assentados de ter a posse das propriedades e o direito de plantar cana-de-açúcar, que hoje é a opção que oferece mais sustentação às famílias". Mostrou que o seu discurso carece de conhecimentos sobre a agricultura familiar e seus objetivos.
A Agricultura Familiar é um projeto de cunho social e econômico que veio para ocupar uma lacuna na agropecuária brasileira, que é dominada pela vontade de mercado, com a produção de itens básicos da alimentação dos brasileiros como arroz, feijão e hortaliças. Visando agregar os pequenos e médios produtores e suas famílias, que segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento são a imensa maioria e chegam a 4,5 milhões de estabelecimentos com essa política, dando as condições necessárias para produzirem em escala comercial e para consumo próprio. Na região de Araraquara, a cana-de-açúcar é quem monopoliza o plantio e que sempre fez desses pequenos produtores suas maiores vítimas não um melhor uso da terra.

Outro objetivo que a agricultura familiar tem como meta, e que o posicionamento do prefeito mostra-se contrário, é o da Reforma Agrária, que é um conjunto de medidas que visa promover a melhor distribuição da terra, mediante modificação no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios da justiça social e ao aumento de produtividade, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o INCRA. Tema tão debatido e comprovado como um dos caminhos para acabar com a miséria no Brasil.

Conquistar terras para assentamento depois arrendá-las aos grandes fazendeiros é desvirtuar a essência dos Assentamentos e da Agricultura Familiar. Declarações como esta mostram o retrocesso das políticas agrárias do Governo Municipal. Precisamos avançar na questão, ouvindo sempre todos os setores que vivem da terra, porém não podemos permitir que Araraquara vire as costas para a sociedade e que as políticas públicas do Governo atendam apenas as demandas dos grandes produtores que lucram milhões com a exploração de nossas terras e não se atentam para o seu uso social.

Matheus Santos
Graduando em Administração Pública – Unesp/Araraquara
Secretário de Juventude do PT de Araraquara

quinta-feira, 2 de junho de 2011

CENSURA EM ARARAQUARA

O site Araraquara.com, Jornal Tribuna Impressa não publicou meu comentário sobre a matéria "PT recua e mina acordo, mas Câmara aprova 18 vereadores".
Me sinto calado, por interesses do submundo da política. Como pode um veículo de comunicação censurar um comentário de um leitor? Mandar o e-mail confirmando o recebimento do comentários e ter a falta de ética de não publicá-lo?
Veículos compromissos com interesses políticos e econômicos se esquecem da luta maravilhosa que brasileiros travaram, em um passado ainda recente, à favor da liberdade de imprensa e de OPINIÃO, repito OPINIÃO.
Reescrevo meu comentário aqui no facebook, espaço que respeita todo esse processo de luta democrática.
Vergonha Tribuna!! Vergonha Araraquara.com!!
Vocês fazem por onde para perderem a liderança do jornalismo araraquarense, quando colocam descaradamente os interesses de grupos à frente do de Araraquara.

Comentário:

Sou secretário de Juventude do PT de Araraquara, membro da Executiva do Partido, e o que esta reportagem está falando é mentira. O acordo firmado era para 17 cadeiras, proposta oriunda da mesa diretora, onde o presidente é do partido do governo municipal. Quem mudou nos últimos minutos, pra não se queimar com o prefeito, foram esses vereadores. O PT não tem acordo com o prefeito e não precisa obedece-lo. O prefeito e seu líder queriam 21, e graças a movimentação popular, apoiada pelo PT e parte da mídia araraquarense, esse número foi reduzido. Agora os eleitores que cobrem de seus vereadores a posição que tomaram.
IP 200.206.140.100
Data 01/06/2011 08:41:15

domingo, 29 de maio de 2011

Papo Rápido em Ninho Tucano



Diálogo no ninho tucano: "O que fazemos com o Papa ai do lado? Ele ameaçou nos deixar, se não dermos um carguinho à ele... Ah põe ele pra presidir o Conselho Político... Conselho? Que Conelho? ... Aquele que criamos pra mentir pro Brasil que discutimos projeto ..."

sábado, 28 de maio de 2011

Desabafo ...

Estão tentando nos oprimir de novo.

E eu que achei que o problema estava apenas dentro da faculdade... A coisa toda esta pior do que se pode imaginar. Temos visto na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara- UNESP- uma enorme tentativa de repressão ao embrionário movimento estudantil. Na ultima sexta feira, 13 de maio de 2011, a moradia estudantil foi invadida pela policia militar a mando da diretoria da faculdade, com o argumento de que seria realizada uma festa com bebidas alcoólicas e som alto. Mas a tal “festa” era apenas uma integração entre alunos, para que as pessoas que não moram na moradia tivessem a oportunidade de ver as condições pelas quais aqueles alunos estavam passando, pois já algum tempo estão reivindicando melhorias nas instalações já existentes e a inauguração de novos blocos que dariam moradia para dezesseis novos estudantes. Pela demora da Universidade em atender aos pedidos dos alunos esses blocos foram invadidos e ocupados. Com isso os alunos responsáveis foram advertidos e foram abertas sindicâncias para investigar o que realmente aconteceu.

Paralelamente a isso temos também a Marcha da Maconha que seria realizada no dia 21 de maio, que estava prevista para sair de perto do MASP e seguir pela Avenida Paulista até chegar na Consolação, mais por uma ordem judicial essa manifestação foi proibida. Usaram o argumento de que a passeata seria para fazer apologia ao uso de drogas. Como resposta a insistência dos manifestantes a policia partiu para cima deles com bombas de gás lacrimogênio, tiros com balas de borracha e sprays – sei lá como se escreve- de pimenta. Mesmo assim a manifestação seguiu por 3 km.

Mas a população também se articulou para dar uma resposta a essa atitude autoritária das autoridades, esta previsto para hoje, 28 de maio, às 14 horas no mesmo local uma outa passeata que defende a liberdade de expressão. Mas antes mesmo da consolidação do movimento saiu outra ordem judicial que proíbe a manifestação.

Agora pergunto: em que país, em que mundo e em que século estamos vivendo? Pelo que eu sei, vivemos em um país livre e democrático. E por que essas repressões todas? É um absurdo, achei que as censuras tivessem acabado com a ditadura, mas vejo que ainda restam pessoas com a mesma mentalidade daquela época. Sinto-me tocada com tudo isso, temos que sem dúvida reavivar o movimento estudantil, não com a mesma cara de antes, mas com novas ideologias e pontos de atuação. Em relação às passeatas, ninguém tem o direito de tomar essa liberdade do cidadão. Se tivermos que lutar pela nossa liberdade de novo com certeza o faremos, mas depois de tudo o que foi feito pelos defensores da democracia na ditadura não podemos nos deixar oprimir da forma com que estão tentando.

Liberdade de expressão, de opção sexual e de todas as outras coisas são direitos conquistados por todos nós, temos que zelar por eles e não simplesmente fechar os olhos para tudo isso como se não fosse um problema nosso.

Liberdade já!


Talita Barros
Graduando em Ciências Sociais pela Unesp/Araraquara

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Reportagem da Tribuna Impressa

Complexo das Roseiras passará por ajustes na próxima semana

O novo conjunto de semáforos instalado na Rotatória das Roseiras completou ontem uma semana de funcionamento e já deverá passar por ajustes nos próximos dias, em decorrência da reclamação dos lojistas do entorno.

Eles alegam que estão tendo prejuízos desde as alterações e procuraram a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) pedindo uma solução para que a queda nas vendas não aumente.

Em linhas gerais, o secretário da pasta, Cid Monteiro de Barros, vê com sucesso as operações e as mudanças feitas em um dos pontos mais críticos do trânsito da cidade para conter a incidência e o risco de acidentes graves. Mas admite fazer alterações para não prejudicar a população em geral. "Está muito satisfatório o resultado. Garantimos o bom fluxo, a redução de acidentes e a segurança do pedestre", analisa.

As maiores críticas a todo o complexo de trânsito montado na área da Rotatória das Roseiras concentram-se na situação da Avenida Luís Alberto. Antes, a via era o principal corredor de acesso à Vila Xavier e à Rua Maurício Galli. Hoje, está, segundo os moradores, completamente abandonada.

Os comerciantes da avenida alegam perdas com a queda no movimento, uma vez que o fluxo de veículos foi desviado para a Avenida José Parisi, paralela à Luís Alberto. Walter Pereira da Silva, de 36 anos, sócio-proprietário do Empório Roseiras, aponta 50% de queda da freguesia. "Neste momento estava assistindo televisão com meus funcionários, porque não temos movimento. Estou para ter um enfarto", desabafa.

O empresário estima cerca de R$ 1,5 mil de perdas diárias em vendas. "O que eu produzia duas vezes ao dia passei a produzir uma e jogo metade fora. Clientes da Fonte e da Vila Xavier sumiram", calcula.

O mesmo prejuízo é sentido pelo garagista Edson Luiz Berto, 35, proprietário da AutoCar Veículos. "As vendas caíram pela metade. Ninguém mais para aqui para fazer negócios."

A reclamação estende-se por conta de os comerciantes não terem sido consultados sobre as mudanças ou o que seria viável do ponto de vista das lojas. "Mataram a Luís Alberto. Mataram o comércio e a valorização dos imóveis", resume Silva.

Reforma política: Lula e centrais debatem Constituinte exclusiva


Reunido com centrais sindicais, o ex-presidentLula debateu a formulação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Segundo lideranças, na saída do encontro, entre os vários temas relativos à reforma, foi debatida a possibilidade de instituir um Parlamento especial para alterar a Constituição de modo a regular o sistema eleitoral. O encontro durou mais de duas horas no Instituto da Cidadania, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

Além da Constituinte, foi tratado no encontro o financiamento público de campanha - uma posição defendida de forma unânime por sindicalistas -, o fortalecimento dos partidos políticos, a regulamentação dos plebiscitos e a unificação dos pleitos como forma de baratear as eleições. O debate aventou a possibilidade de unificar as eleições para prefeito, governador e presidente da República a partir de 2014.

"Lula acha que deve ser feita uma eleição para fazer uma Constituinte exclusiva", disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). O representante da Força Sindical foi ainda cético em relação à viabilidade da reforma política no caso de serem mantidas as divergências. De acordo com sindicalistas, o tema da crise do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, no governo federal não foi tratado no encontro.

"Cada central apresentou sua proposta e foi colocada a importância do envolvimento da sociedade no processo de reforma política", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique da Silva Santos. "Não é uma reforma para o ano que vem, é algo para ficar para a história", disse o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Governo de Araraquara Desenvolvimento para Todos

GIGANTÃO PARADO À 7 MESES

http://www.araraquara.com/imagens/fotos-do-dia/2011/05/24/gigantao-aguarda-testes-finais.html

domingo, 22 de maio de 2011

Política Econômica põe governo Dilma à esquerda de Lula


Ex-ministro tucano, Luiz Carlos Mendonça de Barros, 68, traça diferenças entre Lula e Dilma. Conclui que a atual política econômica está mais à esquerda. Nesta entrevista, fala de inflação e sugere redução no crescimento.

Também advoga a implantação de quarentena para o capital externo.
Para Mendonça, as finanças vão ficar menos confiantes no governo se o ministro Antônio Palocci (Casa Civil) cair. Executor de boa parte da privatização nos anos FHC, avalia que o PSDB é hoje um partido mais medíocre.

Folha - Quais são as diferenças ente Dilma e Lula?
Luiz Carlos Mendonça de Barros - A economia de Lula era continuidade da de FHC. Quando a inflação ameaçava subir, o BC aumentava juros. Está claro que Dilma mexeu nessa lógica.
O pessoal da Unicamp passou a ter papel de formulador de política. O Banco Central de [Henrique] Meirelles tinha uma linha mais liberal, de gente do mercado financeiro. O BC de Dilma é formado por burocratas.
Existe uma visão de que o BC era sempre capturado pelas finanças.
Não era capturado. O BC reproduzia a leitura que o mercado financeiro tem da política econômica.

E agora não mais?
Não. Há diferença de comportamento. É muito difícil para um burocrata ir contra a hierarquia. Com Lula, havia um conflito entre BC e Fazenda. Quem ganhava era o BC.
Houve uma inversão. A política econômica é conduzida por [Guido] Mantega. No sistema de metas, está se levando em consideração o custo para o crescimento. E usam outros instrumentos além dos juros, como as medidas macroprudenciais.

O mercado financeiro está insatisfeito?
Quer acreditar que não mudou nada. Está num período de grandes incertezas.

O mercado está sendo prejudicado?
Não, mas muda a forma de trabalhar. O mercado detesta mudança. O governo Dilma -e daí a importância da questão do Palocci- tem uma irracionalidade. Tem um lado que aparentemente é dominante e que tem uma leitura diferente da de Lula. E o Palocci é um sinal de que a racionalidade anterior não está abandonada.

O sr. acha que ele vai ficar?
Não sei. A Bolsa caiu, o dólar subiu. É porque tem uma insegurança latente. Se Palocci sair, vai ter um efeito importante sobre expectativas. Vai ficar menos confiante na política do governo. É importante mostrar que Dilma tem política diferente.

É mais à esquerda?
O pensamento econômico do governo Dilma é mais à esquerda do que na época de Lula. Tem uma ideia de intervenção mais forte do Estado.
Com Lula havia um certo conflito. A macroeconomia era bem ortodoxa, mas o Estado intervinha. Com Dilma aumentou essa contradição.
Ela é mais ideológica. Não percebeu a herança maldita de Lula. O crescimento do consumo foi forte e não foi acompanhado pelo investimento produtivo. Entraremos num período em que a inflação vai cair porque tem deflação nas commodities.

O país pode se desamarrar do sistema de metas de inflação?
Não, porque é preciso uma referência. Sou a favor de um sistema de metas que leve o custo da convergência da inflação em consideração. Mas fazer isso agora é complicado. Bagunça as expectativas.

É preciso reduzir o crescimento agora?
Não há dúvida. O aspecto mais preocupante é o mercado de trabalho. No início de Lula o desemprego era de 12%. Hoje é de 6%. Isso faz uma diferença brutal.

O Serra trabalha?


Tomando café em um estabelecimento (ruim e caro) do aeroporto de Curitiba, presto atenção na discussão da mesa ao lado. Era mais ou menos assim:

- Tá bom, o Lula tá cobrando caro por palestra. Mas tá trabalhando, não tá?
- É, sempre tem um louco pra pagar pra ouvir.
- O FHC não faz palestra? Ele pode, o Lula, não?
- O Lula é um encostado.
- Bem, ele tá trabalhando. Tá cobrando não sei quantos mil dólares pra palestrar. Inclusive, é bem mais do que consegue cobrar o Fernando Henrique. Aliás, me diz uma coisa. E o Serra, faz o que?
- Tão tentando colocar ele num instituto do PSDB. A presidência do partido não conseguiu.
- Então, e esse senhor vive do que? Já faz sete meses da eleição. Quem é que paga as contas dele? Ele trabalha?
- Ele é economista.
- Ah, mas e o diploma? Ele nunca mostrou. Não tem diploma válido no Brasil. Por acaso ele exerce e economia lá no Chile? Te pergunto de novo, o Serra trabalha?
- Deve trabalhar, eu não sei.
- Pois é. Então vai ver primeiro isso, e depois você vem falar mal do Lula que tá trabalhando e ganhando. Vai se informar primeiro quem é que paga as contas do Serra. Que eu sei, ele não trabalha.

Este blog gostou do diálogo. E por isso, faz coro na pergunta. O Serra trabalha? Quem paga as contas dele?

Rebelião jovem faz Madri sumir do mapa



Há dias venho registrando aqui o que só – perdoem – mal e porcamente a imprensa brasileira vem mostrando: a força das rebeliões jovens que, partindo da Espanha, estão se espalhando pela Europa.

Leia aqui porque Não há lugar para os jovens no Velho Mundo.

Hoje é a BBC que divulga – e só a Folha reproduz, os outros jornais nem chamadinha da página de noticiário internacional – que “cerca de 25 mil manifestantes desafiaram uma proibição do governo da Espanha e continuaram acampados durante a noite desta sexta-feira em uma praça da capital, Madri”.

A proibição decretada pela Justiça entrou em vigor à meia-noite, mas as multidões continuaram no local, e a polícia não entrou em ação para desmobilizar o protesto, diz

A manifestação começou há seis dias na praça Puerta del Sol, de Madri, com jovens espanhóis sentando-se e preparando acampamento no local, para protestar contra o indice de 45% de desemprego entre a população jovem do país.

O pior cego não é o que não quer ver. É o que não quer que vejam.

De: Tijolaço.com.br
http://www.tijolaco.com/rebeliao-jovem-faz-madrid-sumir-do-mapa/

Mais uma "arma" para a Juventude de Araraquara

Nasceu neste último sábado, da 21 de Maio, a Juventude em Movimento.

Grupo composto por jovens de vários setores da sociedade que uniram-se para dar base as ações juvenis em Araraquara.

Os trabalhos vão se focar na Educação; Ciência, Tecnologia e Inovação; Políticas Públicas.

Jovens cansados de promessas que não dão resultados práticos para o setor, agora farão pelas próprias mãos.

Aguardem novidades ...

2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas

Confira a programação do 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas
publicado em 12 de maio de 2011 às 22:44 na 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, Banda Larga, Barão, Direito à comunicação, Internet, Notícias

De 17 a 19 de junho, Brasília abrigará o 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas. A expectativa é que centenas de blogueiros, tuiteiros, jornalistas on-line e ativistas das redes sociais participem dos três dias de programação. Além de palestras, debates e mesas autogestionadas, haverá uma plenária final para discutir as deliberações do Encontro.

É aguardada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que em novembro de 2010, numa iniciativa pioneira, concedeu entrevista coletiva a representantes da blogosfera. Outro convidado especial da 2ª edição do Encontro é Almed Bahgat, um dos principais blogueiros de Egito. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o jurista Fábio Konder Comparato e a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) também farão exposições.

Confira abaixo a programação provisória do 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas

17 de junho, sexta-feira
19 horas Palestra de abertura: “Os Desafios da Comunicação na Atualidade”
– Paulo Bernardo (Ministro das Comunicações)

21 horas Festa de confraternização

18 de junho, sábado
9 horas Debate: “A Urgência do Marco Regulatório das Comunicações”
– Fábio Konder Comparato (Jurista, autor da ação na justiça pela regulação da mídia)
– Luiza Erundina (Deputada federal e coordenadora Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular)
– Venício A. de Lima (professor da UnB, autor do recém-lançado “Regulação das Comunicações”)

14 horas Mesas autogestionadas
– Propostas já apresentadas: “Os Partidos e a Luta pela Democratização da Mídia”, “As Mulheres na Blogosfera”, “O Sindicalismo na Era Digital”, “A Luta pela Liberdade na Rede”, “Arte e Humor na Blogosfera” e “O Papel das Lan Houses”

18 horas Palestra: “O Papel da Internet nas Revoltas no Mundo Árabe”
– Almed Bahgat (Blogueiro egípcio)

19 de junho, domingo
9 horas Reunião em grupo
– Troca de experiências, balanço do último período e plano de ação da blogosfera

14 horas Plenária final
– Aprovação do documento do 2º Encontro, plano de ação e organização e eleição da nova comissão nacional organizadora

sábado, 21 de maio de 2011

Eleições 2012

Vem aí uma pesquisa pedida pelo Partido dos Trabalhadores para avaliar a preferência da população araraquarense nas próximas eleições.

Novidades !?

Novidades na política local

No último sábado, dia 14 de Maio, eu, Matheus Santos, um dos colaboradores do Valor&Virtud, tive a honra de ser eleito pela juventude do PT de Araraquara como o seu novo Secretário.

Com responsabilidades que vão desde a rearticulação da Secretaria no Partido até a organização da Juventude em toda a nossa cidade, recebo essa missão de peito e coração abertos colocando a visão da Política e das suas Utopias no centro do debate novamente, pois precisamos voltar as disputas ideológicas.

O mundo, o Brasil e nossa querida Araraquara não suportam mais o modelo Capitalista de ser e viver, o consumo excessivo e o individualismo globalizado. Precisamos de um modelo econômico/social que tenha como base o trabalho e preocupações conjuntas.

Está mais do que na hora do Socialismo Democrático ser a nossa nova propositura para as gerações presentes e as futuras.

Um forte abraço à todos e que o Socialismo vença !!!

Matheus Santos
Secretário de Juventude do Partido dos Trabalhadores de Araraquara
mtssouza_santos@hotmail.com

Artigo da companheira Gabriela Palombo

A Juventude não pode e não quer ser coadjuvante. Protagonismo já!

Foi com reconhecimento extremamente positivo que recebemos a notícia da criação do gabinete de gestão integrada de combate às drogas, proposto recentemente pelo juizado da Vara da Infância e Adolescência de Araraquara em conjunto com o governo municipal e sociedade civil. O trabalho participativo articulado entre os poderes, pensado e executado de forma transversal e integrada, é o que se tem de mais avançado na perspectiva da gestão pública. Tanto o é, que o PT em seu programa de governo nas eleições em 2008 já apresentava propostas de trabalho nesse sentido, com vistas não apenas ao combate à drogadição infantil e juvenil, mas nas áreas estratégicas de desenvolvimento local. Trata-se de um modelo de gestão, transversal e integrado, pensando a cidade como um todo. Assim, a proposta recém aprovada pela Câmara, ainda que com foco reduzido, merece nosso crédito. Para contribuir com esses trabalhos, trazemos à reflexão das autoridades uma falha identificada no formato proposto que, sob o nosso ponto de vista, merece ser repensado: a sub-representação da Juventude nas discussões a que se propõe o gabinete. Inicialmente criado com foco no combate ao consumo de drogas ilícitas entre crianças e adolescentes, recentemente ouvimos a notícia de que o gabinete também participará da discussão, proposta pela Câmara Municipal, de proibição a festas organizadas no formato “open bar”. Temos total acordo de que a relação entre drogas x drogas lícitas x consumo entre crianças, adolescentes e jovens deve ser pensada com seriedade pelo poder público, uma vez que a situação extrapola os limites da razoabilidade. Entretanto, não é possível avançar sem que a Juventude participe diretamente deste debate, ouvindo e sendo ouvida. Carecemos de voz nesse espaço, não há um único organismo de Juventude presente no gabinete, nem do governo nem da sociedade civil. O Conselho de Juventude, desde 2009 está desativado, uma vez que o prefeito Marcelo Barbieri não nomeou os representantes do governo para compor o COMJUVE. A Assessoria de Juventude não participa deste comitê, assim como não houve diálogo com os Centros Acadêmicos, a UMESA, juventudes partidárias, coletivos de cultura, a Atlética (uma das maiores organizadoras de festas “open bar” na cidade), juventudes religiosas, enfim, estamos, neste modelo atual, excluídos de qualquer representação. Em conseqüência, num debate de fundamental importância, a Juventude está muda. Aliás, observamos que o COMAD também está ausente no formato atual deste gabinete. Com a vitória da aprovação da PEC 138/2003 em 2010, que inclui o termo “juventude” no capítulo 227 da Constituição Federal, a Juventude passa a ser vista pelo Estado como “sujeito de direitos” sob uma perspectiva protagonista, bem diferente da visão tutelada estabelecida pelo ECA às crianças e adolescentes. Na prática, significa agir ativamente, estar em “primeiro lugar”. Portanto, não é mais razoável e se torna-se um equívoco discutir, formular e executar ações que dialogam diretamente com o cotidiano da Juventude sem sua participação direta. Baladas “open bar” e outras formas de lazer são organizadas, comercialmente, por jovens. A venda e o consumo de drogas, muitas vezes, também. Portanto, os jovens têm participação direta nessas questões, e é preciso que assumam também suas responsabilidades. E em conjunto com os demais segmentos, discutir alternativas que encontrem respostas concretas no seu cotidiano. O Mapa da Juventude aponta que, em Araraquara, enquanto 21,23% dos jovens freqüentam “casas de amigos” como primeira opção de lazer, apenas 10,06% dos jovens freqüentam “clubes e festas”. Assim, o quadro nos revela que grande parte dos jovens em Araraquara pratica o lazer e o consumo de bebida alcoólica, por exemplo, no espaço doméstico do bairro, na casa de amigos. Assim, o desafio para superar a realidade de consumo desenfreado de bebida alcoólica por parte da juventude vai muito além da restrição a festas no modelo “open bar”, conforme proposto. É preciso ter cuidado para, diante de um quadro tão complexo, adotar medidas radicais e conservadoras que, na prática, não encontrarão uma resposta positiva na realidade desses jovens. Tanto a discussão sobre as festas como o gabinete de gestão integrada são dignos de mérito. Mas a Juventude precisa participar com o respeito e protagonismo necessário e não mais como coadjuvante.

Gabriela Palombo
Secretária de Juventude do PT Araraquara
Assessoria de Juventude 2007/2008 (governo Edinho Silva/PT)

Matheus Santos: Companheira de fibra e PTista como poucos, tive o prazer de sucede-la na Secretaria de Juventude do PT de Araraquara.

Acabou a Lua de Mel ... estava na hora já

Palocci completa cinco dias sob tiroteio da mídia e da oposição

Por André Cintra

A artilharia começou no domingo (15), na principal matéria de capa da Folha. De acordo com o jornal, Palocci adquiriu, em 2009, um escritório em São Paulo por R$ 882 mil. No ano seguinte, pouco antes de assumir o ministério, comprou um luxuoso apartamento no valor de R$ 6,6 milhões. As aquisições só teriam sido possíveis devido aos lucros da Projeto Administração, aberta em 2006 por Palocci e por sua mulher.

Embora não faça acusações diretas ao ministro, a reportagem é cheia de insinuações. “Segundo os registros da Junta Comercial, a Projeto foi criada como consultoria e virou administradora de imóveis dois dias antes de Palocci chegar à Casa Civil”, diz a Folha, sem dar mais detalhes. “Na autobiografia Sobre Formigas e Cigarras, lançada em 2007, Palocci se descreveu como um homem de ‘poucos bens’ e manifestou ‘indignação’ com ‘boatos’ que circularam sobre suas finanças pessoais no passado”, provoca o jornal.

Não há uma denúncia direta, mas foi o estopim para que lideranças da oposição passassem, com os dias, a pôr Palocci no “olho do furacão”. Já na terça-feira (17), DEM e PPS ingressaram com pedidos de abertura de inquérito na Procuradoria-Geral da República, questionando o faturamento da empresa no período e quais foram os seus clientes.

O tom da mídia

Palocci argumentou que, como consultor, contava com o trunfo de ter vivido “uma experiência única que dá enorme valor a esses profissionais no mercado”. A experiência a que se referia era sua passagem pelo Ministério da Fazenda de 2003 a 2006, no primeiro mandato do governo Lula. Aliados do PT e do Planalto, invariavelmente de forma tímida, saíram em defesa do ministro.

Mas, a partir de terça-feira, enquanto a oposição tentava levá-lo à Câmara para depor, Palocci voltava a ser, dia após dia, exposto nas manchetes dos jornais, sobretudo os paulistas. Abandonando a cortesia habitualmente dispensada ao ministro, Folha e Estadão avançavam no tom das chamadas de capa.

Terça-feira, 17 de maio
Folha: “Comissão de Ética diz que Palocci não relatou bens”
Estadão: “Dilma blinda Palocci e oposição reage com cautela”

Quarta-feira, 18 de maio
Folha: “Ex-ministro vale muito no mercado, diz Palocci”
Estadão: “Cinco ministros de Dilma têm empresas de consultoria”

Quinta-feira, 19 de maio
Folha: “Ação do Planalto barra convocação de Palocci”
Estadão: “Negócio feito por empresa de Palocci é suspeito, diz Coaf”

Sexta-feira, 20 de maio
Folha: “Empresa de Palocci faturou R$ 20 mi no ano da eleição”
Estadão: “Palocci trabalhou para 20 empresas”

Sem força no Congresso, a oposição dificilmente conseguirá emparedar Palocci e emplacar um processo de desestabilização do governo. Depois de uma série de iniciativas desarticuladas, o PSDB tomou a decisão de buscar uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito).

Para tanto, é preciso reunir 27 assinaturas no Senado e outras 171 na Câmara — algo improvável, a não ser que parte da base aliada ao governo mude de lado. Na quarta, ao levar ao plenário da Câmara sua proposta, a oposição sofreu uma derrota vexatória: 72 a 266. Um dia depois, o DEM foi a cinco comissões permanentes para protocolar uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) contra Palocci.

Quebra de sigilo?

Da parte do governo, a defesa do ministro se fortaleceu. O líder Cândido Vaccarezza (PT-SP) lançou a suspeita de violação do sigilo de Palocci. “Para ter esse tipo de informação, tem que ter quebra de sigilo. Pode ser que tenha havido quebra de sigilo ilegalmente”, sustentou. “Tem que ver de onde saiu essa informação. Na lei que existe no país, o Palocci cumpriu todas as questões. Até aqui, com todos os dados que temos, não tem nenhum descumprimento legal feito pelo Palocci.”

Mas a oposição, ao menos nas declarações à imprensa, procura demonstrar otimismo. “Há gente constrangida dentro do governo, o que pode ajudar na investigação”, declara o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO). “Acreditamos em defecções dentro da base governista.” Já o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), afirma que “fazer tentativas de investigar também é uma forma de pressão para que o governo tome providências.”

Em artigo para o blog Luis Nassif Online, a jornalista Maria Inês Nassif opina que a situação de Palocci “pouco contribui para a discussão de sistema político” do Brasil. “Um debate de reforma política que abrir mão de entender por que é tão normal ex-dirigentes governamentais da área econômica acumularem fortunas depois que saem de cargos públicos será uma discussão sobre miçangas.”

Portal do Vermelho

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=154706&id_secao=1

quinta-feira, 17 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Enfim o PT se pronuncia

A mídia na ordem do dia

Emiliano José*

Os últimos anos têm sido pródigos em mudanças no Brasil. E elas ocorrem não aos saltos, mas por força de uma nova hegemonia que se vai construindo, que se vai tecendo pouco a pouco, conquistando corações de mentes, e vão se desenvolvendo, sobretudo, depois que o presidente Lula tomou posse em 2003. O que quer dizer que são resultado do milagre da política. Esta, no dizer de Hannah Arendt, é a única com possibilidades de produzir milagres, e certamente ela, ao dizer isso, não queria agredir aos homens e mulheres de fé, que não se discute.

Temos já outra Nação, com mais autonomia, com auto-estima elevada, exercendo a sua soberania, distribuindo renda, começando a enfrentar os nossos gigantescos problemas sociais. A presidenta Dilma dá sequência, com muito vigor, ao projeto iniciado em 2003, especialmente preocupada com o combate à pobreza extrema, ainda tão presente em nosso País. Ainda há muito que mudar. E cito problemas que teremos que enfrentar, como o da necessidade da reforma política e o da regulação dos meios de comunicação audiovisuais.

É especificamente sobre a regulação dos meios de comunicação que pretendo me debruçar nesse artigo. E o faço porque tenho me preocupado com isso desde há muito, dada a minha condição de cidadão, militante, jornalista e professor de Comunicação, e, também, pelo fato de o líder de minha bancada na Câmara Federal, deputado Paulo Teixeira, ter me destacado para contribuir na articulação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo direito à comunicação, ao lado de parlamentares de partidos diversos, entre os quais destaco a deputada Luiza Erundina, que sempre se dedicou à luta pela democratização da comunicação no Brasil.

Não é necessário estender-me muito para dizer da importância dos meios audiovisuais ou da mídia enquanto um todo, incluindo a impressa. Desde o seu surgimento em sua forma mais moderna, a imprensa ocupou um papel essencial na construção ou desconstrução de hegemonias políticas. E ocupou o centro também da construção de novas formas de convivência, de existência na humanidade. A mídia é construtora de uma nova sociabilidade. Por isso mesmo, não há Estado contemporâneo que não se preocupe com a regulação dos meios de comunicação, especialmente, nos tempos que vivemos, regulação dos meios de comunicação audiovisuais.

Como são essenciais à construção cotidiana da democracia, os meios audiovisuais têm que ser regulados pelo Estado de Direito democrático, como ocorre nos países de democracia considerada avançada. Curioso é que no Brasil quando se fala em regulação, alguns meios sentem-se agredidos, como se isso não fosse próprio do Estado democrático, como se isso não ocorresse em nações civilizadas e de democracias muito mais longevas do que as nossas. É que o uso do cachimbo faz a boca torta.

As poucas famílias que controlam nossa mídia considerada hegemônica acostumaram-se com uma regulação completamente anacrônica, defasada, sem qualquer conexão com a contemporaneidade, uma legislação inteiramente desconectada de uma sociedade midiatizada e que, por isso mesmo, não pode ficar à mercê da boa ou má vontade dos controladores privados dos meios audiovisuais. Uma sociedade midiática, onde os meios audiovisuais são impressionantemente majoritários, e invadem, para o mal ou para o bem, todas as classes sociais e todas as idades, não pode prescindir de uma legislação que dê conta de todas as novas e impressionantes singularidades desse admirável mundo novo. Que regule esse mundo.

Parece incrível, mas é verdadeiro: o Código Brasileiro de Telecomunicações, instituído pela Lei 4.117, é de 1962. Isso mesmo, não errei na data. É de quase meio século atrás. Quando, por exemplo, a televisão não era ainda o meio hegemônico. Quando as emissoras de rádio e os jornais tinham uma extraordinária importância. O Código sofreu alterações em 1967, sob a ditadura militar, e naturalmente para aplainar o caminho de uma sociedade que começaria a viver a idéia de um País em rede. No final de 1969, início dos anos 1970, surge a Rede Globo, alcançando todo o Brasil, para dar suporte político à ditadura, como todos o sabem.

Como um código desses pode dar conta dessa avassaladora presença dos meios audiovisuais, agora cada vez mais miniaturizados, concentrados em minúsculos aparelhos, admirável mundo novo da convergência digital, que pode chegar, de uma forma ou de outra, aos mais ricos e aos mais pobres, e cuja influência é gigantesca? Não pode mais. Decididamente, não pode.

Não se aceita mais que um País, com tamanha diversidade social, política e cultural, com tantas vozes e discursos, tão multifacetado, com uma cultura plural, riquíssima, se veja submetido a monopólios que insistem num pobre discurso único, de baixo nível. Democratizar a comunicação é respeitar a Constituição que veda monopólios. Democratizar a comunicação é dar voz a tantos atores sociais silenciados. Democratizar a comunicação é ampliar a propriedade dos meios para além dos monopólios. A democracia é que reclama isso.

O governo Lula, na reta final ano do segundo mandato, começou a discutir o problema. Teve a coragem de convocar a I Conferência Nacional de Comunicação. Isso mesmo, a primeira. E olhe que o Brasil realiza conferências populares uma atrás da outra. Mas a comunicação estava fora da agenda, não entrava na nossa pauta política. E, também, sob a direção do ex-ministro Franklin Martins, começou a elaborar um anteprojeto de regulação dos meios audiovisuais e o concluiu, deixando claro que não se iria tratar dos meios impressos. Esse anteprojeto está nas mãos do ministro Paulo Bernardo, das Comunicações.

E esse novo marco regulatório, cujo conteúdo ainda não conheço, certamente terá que discutir a concentração dos meios de comunicação audiovisuais nas mãos de poucas famílias, a propriedade cruzada desses meios (ou seja, diferentes meios de comunicação nas mãos de um único grupo), o fato de tantos meios audiovisuais se encontrarem nas mãos de políticos, as dificuldades para a constituição de rádios e tevês comunitárias, a importância do fortalecimento de um setor público audiovisual a exemplo do que ocorre nos países mais desenvolvidos, a regulamentação dos artigos da Constituição que asseguram, por exemplo, o respeito aos direitos humanos e a obrigatoriedade da produção regional entre tantos outros temas. Uma discussão, como temos defendido no início das articulações para a constituição da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo direito à Comunicação, que conte com participação popular, com entidades que têm se dedicado a essa luta e à luta pelo respeito aos direitos humanos por parte dos meios audiovisuais, useiros e vezeiros em desrespeitar tais direitos.

Por ser um assunto maldito, que estava fora da pauta política, ainda há temor em tratar dele no Congresso Nacional, para além dos parlamentares eventualmente afinados com os lobbies dos monopólios. A bancada do meu partido, no entanto, estará firme nessa luta pela democratização dos meios de comunicação. E sei que bancadas como a do PSB, do PC do B, do PSol penso que também a do PDT, espero também que do PV e de outros partidos, deverão de dedicar a essa luta. Torço e luto para que toda a base aliada do Governo da presidenta Dilma se una em torno do novo marco regulatório quando ele chegar à Câmara Federal. Nossa bancada já está nessa luta. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

*jornalista, escritor, deputado federal (PT/BA)

Agripino Maia no Rabo de Palha

vídeo de apresentação do novo presidente nacional do DEM ...

Sem comentários porque ainda é de manhã e não fiz meu desjejum ...



segunda-feira, 14 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Santayana: o Papa faz política, sim !

O Valor&Virtud reproduz texto de Mauro Santayana:


O Cristo que vive entre nós

Mauro Santayana

O papa Bento 16, na biografia de Cristo que acaba de publicar, decretou, de sua cátedra, que Cristo separara a religião da política. Mais do que isso, participa de um dos equívocos de São Paulo – porque até os santos se enganam – o de que, se Cristo não ressuscitou de entre os mortos, “vã é a nossa fé”. Cristo ressuscitou dos mortos, não em sua carne perecível, mas em sua grandeza transcendental. O papa insiste – e nessas insistências a Igreja sempre se perdeu – em que o corpo de Cristo ainda existe, em toda a fragilidade da carne, em algum lugar, ao lado de Deus. Com isso, o Santo Padre separa Cristo da humanidade a que ele pertence, e o situa no espaço da mitologia dos deuses pagãos.

A afirmação mais grave do Papa, de acordo com o resumo de suas idéias, ontem divulgadas, é a de que política e religião são instituições separadas a partir de Cristo. A própria história do Vaticano o desmente. A Igreja Católica – e todas as outras confissões religiosas – sempre estiveram a serviço do poder político, e em sua expressão mais desprezível. Para não ir muito longe na História – ao tempo da associação entranhada entre os reis, os imperadores e o Vaticano, durante a Idade Média -, bastam os exemplos de nosso século. Os documentos existentes demonstram o apoio da Igreja a ditadores como Hitler, considerado, por Pio XII, como “um bom católico”. Mais recentemente ainda, houve a “Santa Aliança”, conforme a denominou o jornalista norte-americano Bob Woodward, entre o antecessor de Ratzinger e o presidente Reagan, dos Estados Unidos, com o propósito definido de acabar com a União Soviética. Por acaso não se trata de uma escolha política do Vaticano a rápida canonização do fundador da Opus Dei, como santo da Igreja, e o esquecimento de grandes papas, como João 23, e de mártires da fé, como o bispo Dom Oscar Romero, de El Salvador?

A religião sempre esteve na origem e na inspiração da política, e, em Cristo, essa identidade comum se torna ainda mais nítida. O campo da razão em que a fé e a política se encontram é o da ética. A ética é uma exigência da fé em Deus e do compromisso com a vida humana. A política, tal como a identificaram os grandes pensadores, é a prática da ética. A ética política significa a busca do bem de todos. Nessa extrema exegese do que seja a ética, como o fundamento da justiça, a boa política é a da esquerda, ou seja, da visão de igualdade de todos os homens.

Em Cristo, a fé é o instrumento da justiça. Quem quiser confirmar esse compromisso político de Cristo, basta ler os Atos dos Apóstolos, e verificar como viviam as primeiras comunidades cristãs, unidas pela absoluta fraternidade entre seus membros, enfim, uma sociedade política perfeita. Ao negar a essencial ligação entre a fé cristã e a ação política, o papa vai além de seu velho anátema contra a Teologia da Libertação, surgida na América Latina, um serviço que ele e Wojtyla prestaram, com empenho, aos norte-americanos. Ele se soma aos que, hoje, ao separar a política da ética da justiça, decretam o fim da esquerda.

Esse discurso – o de que não há mais direita, nem esquerda – vem sendo repetido no Brasil. Esquerda e direita, ainda que a denominação venha da França revolucionária de 1789, sempre existiram. Na Palestina, no tempo de Jesus, a esquerda estava nos pescadores e pecadores que o seguiam, e a direita nos “fariseus hipócritas”, que, no Sinédrio, e a serviço dos romanos, o condenaram à morte.

O papa acredita que a Igreja sobreviverá à crise que está vivendo. Isso é possível se ela renunciar a toda sua história, a partir de Constantino, e retornar ao Cristo que andava no meio do povo, perdoava a adúltera, e chicoteava os mercadores do templo. O Cristo que ressuscitou dos mortos está ao lado dos que vêem a fé como a realização da justiça e da igualdade, aqui e agora.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Momento de reflexão para mudança ...

Quando o Corinthians (2º time do meu coração, antes vem a Ferrinha) perdeu para o Tolima ainda na fase da pré-libertadores e jogou fora um investimento de milhões e proporcionou o maior vexame do futebol brasileiro na competição, "torcedores" (em aspas porque sempre aprendi que torcedor torce, vandalismo é coisa de bandido) receberam o ônibus da delegação corintiana no CT Joaquim Grava com pedras e pau.

Uma cena lamentável e que me deixa indignado todos às vezes em que a TV insiste em passar e chamar os bandidos de torcedores corinthianos, esquecendo que é uma nação de 25 milhões de pessoas e a grande maioria desaprova aquele ato.

Porém, o carnaval nos trouxe surpresas e momentos daqueles que você fala "Tá vendo o mundo dá voltas". A Gaviões da Fiel, responsável pela organização do ato de vandalismo, ficou em 5º lugar na disputa do Carnaval de São Paulo em 2011 e não, nenhum torcedor indo lá na sede da Escola quebrar tudo, xingar, destruir carros ...

Devemos lembrar que futebol é esporte, é alegria, fiquei triste, magoado com o Corinthians mas ao ponto de fazer um papelão daqueles não dá ...

Próximo jogo ou próximo campeonato, seu time perdeu, respire fundo, pegue sua família e vão passear ano que vem tem mais ...

sábado, 5 de março de 2011

O Porquê do Prefeito "matador de baratas"


Devido a muitos pedidos kkkkkkkkkkkk

eu vou dizer porque o Marcelo Barbieri, ou MB, ou Barbi (esse é de um amigo) agora se tornou o "matador de baratas" ...

Na reunião do diretório municipal do PMDB, o "matador de baratas" fez um discurso que ficará para a história (história dele é claro), disse que muitas vezes já sentiu medo, até mesmo de matar baratas porque ela fica correndo de um lado pro outro (nada haver né, mas continuando ...) e que ela só morre se você bater com força (é claro que ele nunca foi apresentado ao Raid) e disse que irá esmagar a oposição sem dó ...

é claro que o "matador de baratas" mostrou mais uma ignorância, a de que em um Estado Democrático com eleições diretas e universais, só o desejo da sociedade pode "esmagar" um partido ou um pensamento político, o "matador de baratas" deve estar pensando que Araraquara é o seu playground onde ele brinca e deixa brincar quem quiser ...

Denuncio à Secretaria do Meio Ambiente e aos defensores dos animais, que o "matador de baratas" influencia as pessoas serem perversas com as pobres baratas e isso não deve ser do comportamento de um prefeito (se é que ele tem noção de comportamento de um prefeito) ...

E só mais uma aula ao "matador de baratas", cientistas do mundo inteiro comprovam que
o único animal que sobreviveria a uma tragédia nuclear seria a barata, pela sua capacidade de se defender e se adaptar aos ambientes mais hostis ...

Matheus Santos uma barata, com certeza !!!

Projeto "Cidade Limpa" é vetado pelo prefeito "matador de baratas"

Projeto "Cidade Limpa" é vetado pelo prefeito.

Após quase 2 anos de elaboração, mais de 32 reuniões e várias consultas, liberar os outdoors do projeto (pressão dos grupos que apoiam o governo municipal) o vereador Chediek consegue o que parecia impossível, não levar em frente seu projeto e que fosse vetado pelo próprio prefeito, inacreditável como são despolitizados, desorganizados, desarticulados, inresponsáveis e como o PMDB está unido em Araraquara.

Às vezes fico pensando, como é que eles veem um companheiro de partido. Se no começo dessa semana fizeram uma reunião do diretório municipal e todos os líderes pmdbistas araraquarenses estavam lá e falaram em união do partido para 2012 e até compararam a oposição à uma barata dizendo que iriam esmagá-la, e no primeiro ato do governo, pra mostrar que estão unidos, o prefeito veta o principal projeto da Câmara e que tem como "articulador" o vereador Chediek.

Estamos bem servidos de política aqui em Araraquara, e o pior de tudo ainda tem mais 2 anos ...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Aumento do número de vereadores e o desencanto do eleitor

Depois de tantos desencantos da população com a política e com os políticos. De assistir uma guerra, justa, em defesa do aumento do salário mínimo e ouvirem do governo federal que um aumento maior que o proposto pelos governistas quebraria as contas do Planalto, tempos depois de verem os deputados federais elevarem seus próprios salários à cifras exorbitantes. Os eleitores e moradores da cidade de Araraquara assistem a mais uma agressão à ética e ao sentimento das pessoas pela política.

Em sessão ordinária nesta terça, 15 de Fevereiro, durante 6 horas os vereadores araraquarenses aprovaram 21 projetos dentre eles, o mais polêmico, que aumenta o número de cadeiras da Casa para a próxima eleição municipal. A bancada petista (Carlos Nascimento, Édio Lopes e Márcia lia), junto aos vereadores Juliana Damus (PP) e Dr. Lapena (sem partido) tentaram vários meios para qualificar o debate e barrar esse aumento. Propostas desde a realização de um plebiscito até um número conciliador de 17 vereadores, mas nada adiantou, a base governista liderada pelo vereador João Farias (PRB) conseguiu aprovar o projeto.

Um dos argumentos, usado pelos vereadores em defesa do aumento das cadeiras foi à obediência para com a Constituição Federal, pois esta determina 21 vereadores para uma cidade acima de 160.000 mil habitantes (até 300.000 mil habitantes). Porém, os vereadores se esqueceram de algumas situações básicas que também estão na Constituição Federal, como igualdade, direitos dos cidadãos e participação direta da população nas decisões, devido ao assunto polêmico e que acarretará um aumento dos gastos da Câmara em torno de pouco mais que três milhões de reais por quatro anos, os parlamentares deveriam ter consultado a população, pois será ela a responsável por pagar as novas despesas.

Outra defesa dos vereadores adeptos a esta tese do aumento, em seus discursos apontaram a necessidade de maior representatividade da população na Câmara, população à qual não participa da vida política desses parlamentares, como mostram todas as pesquisas realizadas, onde mais de 70% dos araraquarenses não acompanham o trabalho do legislativo. Necessidade que não foi defendida, pelos mesmos, na composição do
conselho do Fundo Municipal de Cultura. E Não adianta culpar a falta de interesse das pessoas no tema, porque ter sessões ordinárias nas terças-feiras que começam às 15 horas é para a população não acompanhar mesmo.

Os governistas são os maiores interessados no aumento, pois terão nas próximas eleições a máquina administrativa na mão, enquanto deveriam se preocupar com a participação popular e maior qualidade política dos eleitos. Então não se assustem se para os próximos fatídicos dois anos dessa legislatura as discussões ficarem centradas na nova sede que deverá ser construída, a atual mal aloja 13 vereadores.
Espero só não irem importunar a Biblioteca Municipal Mário de Andrade e que não apareçam com outras soluções mirabolantes que acarretarão maiores dores de cabeça para a população.

É assustador, como cresce o sentimento de desconfiança da população no Legislativo em
geral e que se reflete em nossa cidade. Não há neste país órgão que seja mais desacreditado que o Congresso Nacional e vejo se repetir nos solos da Morada do Sol. Os únicos responsáveis por esses sentimentos ruins, serem alimentados nos corações araraquarenses, são os próprios eleitos, que se distanciaram de suas bases, fecharam os seus ouvidos aos gritos e berros vindos das ruas. Torcemos para que no próximo pleito nós consigamos transformar esse aumento quantitativo em qualitativo e melhorarmos a imagem de um órgão tão importante para a Democracia, que é a Câmara Municipal.

Matheus Santos
Graduando em Administração Pública pela Unesp Araraquara
Editor do Valor&Virtud

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Viva a Democracia

Após 30 anos no poder e sofrer pressões da população egípcia nos últimos 18 dias, Hosni Mubarak, renuncia o comando do país e deixa o Egito a beira da democracia.

Fim de mais um ditador e vitória de mais um povo livre !!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O novo Presidente e a velha Política

Aluízo Braz (PMDB)vereador de primeiro mandato foi eleito o novo presidente da Câmara de Araraquara aproveitando o racha entre os vereadores governistas e com o apoio da oposição (bancada do PT, Carlos Nascimento, Édio Lopes e Márcia Lia).

Para conseguir o apoio dos petistas e definir sua vitória, Boi, ou Aluízio Braz, fechou um acordo de que cederia aos oposicionistas a primeira secretaria, a presença na Comissão de Justiça e a presidência da Comissão de Orçamento, porém o novo presidente não cumpriu com o acordo. Aceitou Édio Lopes como seu primeiro secretário, mas quando chegou no momento de definir as comissões Boi mostrou sua habilidade política (cada um avalia se é boa ou ruim) deu um cano no PT cedendo as pressões do prefeito Marcelo Barbieri, por meio de seu líder na casa o vereador João Farias(PRB).

Boi foi eleito com a esperança de renovação da política da Câmara, porém seus atos como novo presidente mostram que seu estilo é o mesmo da política do século passado e que esta preso aos vícios e malandragens de níveis baixos que seu ambiente de trabalho proporciona.
Um político que busca reconhecimento e respeito entre todos os que o rodeiam deve no mínimo ter uma palavra firme que cumpra seus acordos. Para chegar ao nível de grandes políticos você deve assumir o ônus de seus acordos mostrando se preocupando apenas em ser alguém confiável.

Braz enfrentará durante seus dois anos o descrédito e a desconfiança de seus colegas de Casa, pois não há dúvidas de que ninguém confiará em uma pessoa que trai aqueles que te ajudaram e estende a mão a quem te quis o mal.

É Araraquara saiu da frigideira e entrou de cabeça no fogo!!

E mais uma vez nossos vereadores da gestão de 2008/2012 forçam a tese de muitos analistas, principalmente deste blogueiro, de que a qualidade da Casa de Leis araraquarense anda baixa, bem baixa.

Matheus Santos
valorevirtud@bol.com.br

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Vêm aí as parcerias público-religiosas

Dilma Rousseff escalou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para fazer o papel de interlocutor do governo com as entidades religiosas para incluir em seu plano de erradicação da miséria igrejas que têm grande lastro social. A atuação conjunta entre políticas estatais e as iniciativas sociais está sendo chamada de “parcerias público-religiosas”. A intenção do governo é canalizar o trabalho assistencial realizado por igrejas de diferentes denominações para ampliar a rede de proteção social.

A chefia de Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral aproximou os movimentos religiosos da Presidência. Aliados de Dilma ouvidos pelo Correio afirmam que parte da crise deflagrada no primeiro turno da eleição presidencial — quando ruídos de comunicação estremeceram a relação da então candidata petista ao Palácio do Planalto com setores mais conservadores da sociedade — foi ocasionada pela distância entre o governo e as lideranças religiosas. A falta de diálogo, afirmam, resultou no segundo turno da eleição. Carvalho, então, foi convocado para apagar o incêndio.

Para evitar que a relação com o segmento volte a esfriar, o governo se esforçou para construir um canal de interlocução desde o início do mês com as lideranças religiosas. A partir de fevereiro, uma série de reuniões deve ser iniciada para discutir o plano de erradicação da pobreza.

O deputado Jefferson Campos (PSB-SP), integrante da Frente Parlamentar Evangélica, afirma que, se o governo consolidar a parceria com as entidades religiosas, a rede de distribuição de alimentos, o atendimento médico e os cursos profissionalizantes que hoje existem de maneira informal, constituindo uma espécie de trabalho de caridade, podem ser ampliados. “As igrejas já oferecem cursos, distribuem alimentos e alfabetizam. Nas entidades religiosas também existem centenas de colégios e escolas. As igrejas sempre têm salas ociosas, onde poderiam criar consultórios, com dentistas e médicos. Se houver um implemento do governo, não tenho dúvida de que a igreja pode contribuir muito mais. Podemos nos colocar à disposição dos ministérios”, prevê.

O deputado lembra que as igrejas estão em muitas áreas a que o Estado tem dificuldade de chegar. “Nos morros do Rio, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) chegaram, mas a igreja já estava lá há muito tempo. A igreja tem a credibilidade da população.”

CNBB
O presidente nacional do Mutirão Para a Superação da Miséria e da Fome da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispo Guilherme Werlang, também é um entusiasta das parcerias público-religiosas. O bispo destaca que só a CNBB tem 21 pastorais sociais e que a igreja poderia contribuir muito mais para a erradicação da miséria se trabalhasse em parceria com o governo.

Werlang sugere, por exemplo, a elaboração de projetos com caráter municipal para ensinar a gerar renda e evitar o desperdício de alimentos. “Nós temos muitas coisas para olhar e podemos otimizar o que já existe, como o aproveitamento de mantimentos, por exemplo. Na época das mangas, 90% da produção da fruta se perdem. Se atuássemos em parceria com a Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, poderíamos montar uma equipe de coleta para acondicionar e distribuir alimentos que restaurantes e hotéis não aproveitam. São alimentos de ótima qualidade, mas se perdem, pois não há estrutura para distribuição.”Correio

Campanha irá arrecadar alimentos para vítimas no RJ

Devido à tragédia do Rio de Janeiro, a Defesa Civil de Araraquara dará início à Campanha SOS Rio para arrecadar alimentos para as vítimas das enchentes na região serrana do Estado.
Por Gabriela MartinsTamanho do Texto:
Devido à tragédia do Rio de Janeiro, a Defesa Civil de Araraquara dará início à Campanha SOS Rio para arrecadar alimentos para as vítimas das enchentes na região serrana do Estado.

A mobilização será feita pela Prefeitura de Araraquara, a Câmara Municipal, o Fundo Social de Solidariedade e a Defesa Civil. A logística da campanha e os locais de coleta serão definidos em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira.

Mas a Defesa Civil adianta que a prioridade é para doações de material de higiene pessoal, alimentos não-perecíveis e água potável. Doações em dinheiro podem ser realizadas nas agências do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal.

Mais informações podem ser obtidas no Fundo Social pelo telefone (16) 3331-5406.

Temos que rir para não chorar ... mais abobrinhas de João

O vereador, ex-secretário de habitação João Farias (o que jogou num time e foi mandado embora e pra entrar no time adversário vive falando do mal dos seus ex-companheiros) deu mais uma bola fora.

João foi escolhido pelo prefeito Marcelo para ser líder na câmara e defender um governo que ninguém quer defender, seu antecessor Tenente Santana deve amargura até hoje sua decisão de ocupar este posto e perde espaço político dentro da Casa de Leis. Farias deu uma entrevista ao jornal Tribuna Impressa e soltou uma declaração de uma análise profunda. Disse que os dois ano de governo de Marcelo Barbiei dão um "baile" nos 8 anos de governo de Edinho Silva. Edinho foi considerado pela população o melhor prefeito da história de Araraquara e saiu com uma alta aprovação de seu governo (isso quem fala são os araraquarenses). Não foi à toa que Edinho obteve uma votação histórica para deputado estadual na cidade. Sem contar que o ex-prefeito petista é bem vindo em todos os lugares de Araraquara. Seus anos de governo foram reconhecidos nacionalmente, quando o Firjan escolheu, em pesquisa, Araraquara a cidade mais desenvolvida do Brasil com base em 2007 (recomendo ao vereador visitar o site www.firjan.org.br). Edinho transformou Araraquara, costumo dizer que ele recebeu em 2002 uma fazenda e entregou em 2008 uma cidade desenvolvida, séria e com geração de empregos.
Alguém avisa ao "gênio" da política que quem define o que é melhor ou pior é a população, e que o prefeito Marcelo Barbieri ainda tem mais dois anos para cumprir suas promessas. Avisem também ao ilustre vereador que nós populares não passamos a tarefa de analisar os governo à ninguém e que ele não pode falar por Araraquara.
Depois de ler a entrevista o prefeito Marcelo Barbieri deve ter começado a chorar, pois tudo o que ele nunca quis era ser comparado ao Edinho, mostrando que tinha começado um novo governo. E se o nobre vereador quer defender mesmo o governo de Marcelo e tentar sua continuação evite também comparações com Edinho e o governo do PT, porque a população não é mais boba e terá 4 anos para comparar, e o povo vai comparar, vai colocar na balança quem foi melhor.

João Farias começa seu posto de líder atirando dentro da própria casa.
Bela escolha prefeito.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Presidenta, sim!

Marcos Bagno
11 de janeiro de 2011 às 10:58h


Se uma mulher e seu cachorro estão atravessando a rua e um motorista embriagado atinge essa senhora e seu cão, o que vamos encontrar no noticiário é o seguinte: “Mulher e cachorro são atropelados por motorista bêbado”. Não é impressionante? Basta um cachorro para fazer sumir a especificidade feminina de uma mulher e jogá-la dentro da forma supostamente “neutra” do masculino. Se alguém tem um filho e oito filhas, vai dizer que tem nove filhos. Quer dizer que a língua é machista? Não, a língua não é machista, porque a língua não existe: o que existe são falantes da língua, gente de carne e osso que determina os destinos do idioma. E como os destinos do idioma, e da sociedade, têm sido determinados desde a pré-história pelos homens, não admira que a marca desse predomínio masculino tenha sido inscrustada na gramática das línguas.

Somente no século XX as mulheres puderam começar a lutar por seus direitos e a exigir, inclusive, que fossem adotadas formas novas em diferentes línguas para acabar com a discriminação multimilenar. Em francês, as profissões, que sempre tiveram forma exclusivamente masculina, passaram a ter seu correspondente feminino, principalmente no francês do Canadá, país incomparavelmente mais democrático e moderno do que a França. Em muitas sociedades desapareceu a distinção entre “senhorita” e “senhora”, já que nunca houve forma específica para o homem não casado, como se o casamento fosse o destino único e possível para todas as mulheres. É claro que isso não aconteceu em todo o mundo, e muitos judeus continuam hoje em dia a rezar a oração que diz “obrigado, Senhor, por eu não ter nascido mulher”.

Agora que temos uma mulher na presidência da República, e não o tucano com cara de vampiro que se tornou o apóstolo da direita mais conservadora, vemos que o Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma presidenta, oficializou essa forma em todas as instâncias do governo e deixou claro que é assim que deseja ser chamada. Mas o que faz a nossa “grande imprensa”? Por decisão própria, com raríssimas exceções, como CartaCapital, decide usar única e exclusivamente presidente. E chovem as perguntas das pessoas que têm preguiça de abrir um dicionário ou uma boa gramática: é certo ou é errado? Os dicionários e as gramáticas trazem, preto no branco, a forma presidenta. Mas ainda que não trouxessem, ela estaria perfeitamente de acordo com as regras de formação de palavras da língua.

Assim procederam os chilenos com a presidenta Bachelet, os nicaraguenses com a presidenta Violeta Chamorro, assim procedem os argentinos com a presidenta Cristina K. e os costarricenses com a presidenta Laura Chinchilla Miranda. Mas aqui no Brasil, a “grande mídia” se recusa terminantemente a reconhecer que uma mulher na presidência é um fato extraordinário e que, justamente por isso, merece ser designado por uma forma marcadamente distinta, que é presidenta. O bobo-alegre que desorienta a Folha de S.Paulo em questões de língua declarou que a forma presidenta ia causar “estranheza nos leitores”. Desde quando ele conhece a opinião de todos os leitores do jornal? E por que causaria estranheza aos leitores se aos eleitores não causou estranheza votar na presidenta?

Como diria nosso herói Macunaíma: “Ai, que preguiça…” Mas de uma coisa eu tenho sérias desconfianças: se fosse uma candidata do PSDB que tivesse sido eleita e pedisse para ser chamada de presidenta, a nossa “grande mídia” conservadora decerto não hesitaria em atender a essa solicitação. Ou quem sabe até mesmo a candidata verde por fora e azul por dentro, defensora de tantas ideias retrógradas, seria agraciada com esse obséquio se o pedisse. Estranheza? Nenhuma, diante do que essa mesma imprensa fez durante a campanha. É a exasperação da mídia, umbilicalmente ligada às camadas dominantes, que tenta, nem que seja por um simples -e no lugar de um -a, continuar sua torpe missão de desinformação e distorção da opinião pública.

Marcos Bagno é professor de Linguística na Universidade de Brasília

Original CartaCapital.com.br

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Notícia pra começarmos bem 2011 ...

Despenca audiência do jornal dos tucanos:"JN" perde um de cada quatro espectadores


Uma notinha publicado na coluna Outro Canal, deve deixar os tucanos preocupados. Afinal, JN sempre foi a bancada de propaganda do PSDB n TV. O "Jornal Nacional" (Globo) fechou 2010 com a pior audiência de sua história.Segundo pesquisa do Ibope, o noticiário registrou em 2000 média de 39,2 pontos, com 56% de share (participação entre TVs ligadas). (Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP).


Encerrou 2010 com média 29,8 pontos e 49,3% de share, uma queda de 24% de audiência em relação a 2000: perdendo um de cada quatro telespectadores.Também pela primeira vez, o "JN" ficou abaixo dos 50% de share. Seu ápice na década foi em 2004, em que alcançou média de 39,4 pontos e 61,9% de share.

Que seja abençoada a democracia!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Você confia no Serra? Ia votar no Serra? Leia isso então:

Alckmin fará auditorias em contratos do governo Serra

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

O governador Geraldo Alckmin auditará todos os contratos de terceirização de serviços herdados da gestão de José Serra (PSDB).

Os alckmistas dizem que não é revanche, mas a determinação de Alckmin repete pacote anunciado por Serra em 2007 que abriu crise entre "serristas" e "alckmistas".

Na primeira semana de governo, Serra apresentou medidas de austeridade fiscal, que incluíam desde a revisão de contratos até pente fino no funcionalismo. Alckmin havia deixado o governo em 2006 e se sentiu exposto.

Nessa gestão, o pente-fino nos contratos e repasses a entidades sociais será feito pelo secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini (PSDB-SP).

Só os serviços terceirizados que serão auditados somam R$ 4,1 bilhões em gastos, sendo R$ 2,8 bilhões na administração direta e R$ 1,3 bilhões na indireta.

Todo o trabalho de Semeghini será orientado pelo consultor de gestão Vicente Falconi, do INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial). Falconi orientou o chamado "choque de gestão" feito pelo senador eleito Aécio Neves em Minas, quando governador do Estado.

NEM ALCKMIN CONFIA NELE, NEM O AÉCIO, NEM O FHC, NEM O PSDB ... UFA SOBRO ALGUÉM ?

É DILMAA