Aluízo Braz (PMDB)vereador de primeiro mandato foi eleito o novo presidente da Câmara de Araraquara aproveitando o racha entre os vereadores governistas e com o apoio da oposição (bancada do PT, Carlos Nascimento, Édio Lopes e Márcia Lia).
Para conseguir o apoio dos petistas e definir sua vitória, Boi, ou Aluízio Braz, fechou um acordo de que cederia aos oposicionistas a primeira secretaria, a presença na Comissão de Justiça e a presidência da Comissão de Orçamento, porém o novo presidente não cumpriu com o acordo. Aceitou Édio Lopes como seu primeiro secretário, mas quando chegou no momento de definir as comissões Boi mostrou sua habilidade política (cada um avalia se é boa ou ruim) deu um cano no PT cedendo as pressões do prefeito Marcelo Barbieri, por meio de seu líder na casa o vereador João Farias(PRB).
Boi foi eleito com a esperança de renovação da política da Câmara, porém seus atos como novo presidente mostram que seu estilo é o mesmo da política do século passado e que esta preso aos vícios e malandragens de níveis baixos que seu ambiente de trabalho proporciona.
Um político que busca reconhecimento e respeito entre todos os que o rodeiam deve no mínimo ter uma palavra firme que cumpra seus acordos. Para chegar ao nível de grandes políticos você deve assumir o ônus de seus acordos mostrando se preocupando apenas em ser alguém confiável.
Braz enfrentará durante seus dois anos o descrédito e a desconfiança de seus colegas de Casa, pois não há dúvidas de que ninguém confiará em uma pessoa que trai aqueles que te ajudaram e estende a mão a quem te quis o mal.
É Araraquara saiu da frigideira e entrou de cabeça no fogo!!
E mais uma vez nossos vereadores da gestão de 2008/2012 forçam a tese de muitos analistas, principalmente deste blogueiro, de que a qualidade da Casa de Leis araraquarense anda baixa, bem baixa.
Matheus Santos
valorevirtud@bol.com.br
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Vêm aí as parcerias público-religiosas
Dilma Rousseff escalou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para fazer o papel de interlocutor do governo com as entidades religiosas para incluir em seu plano de erradicação da miséria igrejas que têm grande lastro social. A atuação conjunta entre políticas estatais e as iniciativas sociais está sendo chamada de “parcerias público-religiosas”. A intenção do governo é canalizar o trabalho assistencial realizado por igrejas de diferentes denominações para ampliar a rede de proteção social.
A chefia de Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral aproximou os movimentos religiosos da Presidência. Aliados de Dilma ouvidos pelo Correio afirmam que parte da crise deflagrada no primeiro turno da eleição presidencial — quando ruídos de comunicação estremeceram a relação da então candidata petista ao Palácio do Planalto com setores mais conservadores da sociedade — foi ocasionada pela distância entre o governo e as lideranças religiosas. A falta de diálogo, afirmam, resultou no segundo turno da eleição. Carvalho, então, foi convocado para apagar o incêndio.
Para evitar que a relação com o segmento volte a esfriar, o governo se esforçou para construir um canal de interlocução desde o início do mês com as lideranças religiosas. A partir de fevereiro, uma série de reuniões deve ser iniciada para discutir o plano de erradicação da pobreza.
O deputado Jefferson Campos (PSB-SP), integrante da Frente Parlamentar Evangélica, afirma que, se o governo consolidar a parceria com as entidades religiosas, a rede de distribuição de alimentos, o atendimento médico e os cursos profissionalizantes que hoje existem de maneira informal, constituindo uma espécie de trabalho de caridade, podem ser ampliados. “As igrejas já oferecem cursos, distribuem alimentos e alfabetizam. Nas entidades religiosas também existem centenas de colégios e escolas. As igrejas sempre têm salas ociosas, onde poderiam criar consultórios, com dentistas e médicos. Se houver um implemento do governo, não tenho dúvida de que a igreja pode contribuir muito mais. Podemos nos colocar à disposição dos ministérios”, prevê.
O deputado lembra que as igrejas estão em muitas áreas a que o Estado tem dificuldade de chegar. “Nos morros do Rio, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) chegaram, mas a igreja já estava lá há muito tempo. A igreja tem a credibilidade da população.”
CNBB
O presidente nacional do Mutirão Para a Superação da Miséria e da Fome da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispo Guilherme Werlang, também é um entusiasta das parcerias público-religiosas. O bispo destaca que só a CNBB tem 21 pastorais sociais e que a igreja poderia contribuir muito mais para a erradicação da miséria se trabalhasse em parceria com o governo.
Werlang sugere, por exemplo, a elaboração de projetos com caráter municipal para ensinar a gerar renda e evitar o desperdício de alimentos. “Nós temos muitas coisas para olhar e podemos otimizar o que já existe, como o aproveitamento de mantimentos, por exemplo. Na época das mangas, 90% da produção da fruta se perdem. Se atuássemos em parceria com a Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, poderíamos montar uma equipe de coleta para acondicionar e distribuir alimentos que restaurantes e hotéis não aproveitam. São alimentos de ótima qualidade, mas se perdem, pois não há estrutura para distribuição.”Correio
A chefia de Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral aproximou os movimentos religiosos da Presidência. Aliados de Dilma ouvidos pelo Correio afirmam que parte da crise deflagrada no primeiro turno da eleição presidencial — quando ruídos de comunicação estremeceram a relação da então candidata petista ao Palácio do Planalto com setores mais conservadores da sociedade — foi ocasionada pela distância entre o governo e as lideranças religiosas. A falta de diálogo, afirmam, resultou no segundo turno da eleição. Carvalho, então, foi convocado para apagar o incêndio.
Para evitar que a relação com o segmento volte a esfriar, o governo se esforçou para construir um canal de interlocução desde o início do mês com as lideranças religiosas. A partir de fevereiro, uma série de reuniões deve ser iniciada para discutir o plano de erradicação da pobreza.
O deputado Jefferson Campos (PSB-SP), integrante da Frente Parlamentar Evangélica, afirma que, se o governo consolidar a parceria com as entidades religiosas, a rede de distribuição de alimentos, o atendimento médico e os cursos profissionalizantes que hoje existem de maneira informal, constituindo uma espécie de trabalho de caridade, podem ser ampliados. “As igrejas já oferecem cursos, distribuem alimentos e alfabetizam. Nas entidades religiosas também existem centenas de colégios e escolas. As igrejas sempre têm salas ociosas, onde poderiam criar consultórios, com dentistas e médicos. Se houver um implemento do governo, não tenho dúvida de que a igreja pode contribuir muito mais. Podemos nos colocar à disposição dos ministérios”, prevê.
O deputado lembra que as igrejas estão em muitas áreas a que o Estado tem dificuldade de chegar. “Nos morros do Rio, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) chegaram, mas a igreja já estava lá há muito tempo. A igreja tem a credibilidade da população.”
CNBB
O presidente nacional do Mutirão Para a Superação da Miséria e da Fome da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispo Guilherme Werlang, também é um entusiasta das parcerias público-religiosas. O bispo destaca que só a CNBB tem 21 pastorais sociais e que a igreja poderia contribuir muito mais para a erradicação da miséria se trabalhasse em parceria com o governo.
Werlang sugere, por exemplo, a elaboração de projetos com caráter municipal para ensinar a gerar renda e evitar o desperdício de alimentos. “Nós temos muitas coisas para olhar e podemos otimizar o que já existe, como o aproveitamento de mantimentos, por exemplo. Na época das mangas, 90% da produção da fruta se perdem. Se atuássemos em parceria com a Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, poderíamos montar uma equipe de coleta para acondicionar e distribuir alimentos que restaurantes e hotéis não aproveitam. São alimentos de ótima qualidade, mas se perdem, pois não há estrutura para distribuição.”Correio
Campanha irá arrecadar alimentos para vítimas no RJ
Devido à tragédia do Rio de Janeiro, a Defesa Civil de Araraquara dará início à Campanha SOS Rio para arrecadar alimentos para as vítimas das enchentes na região serrana do Estado.
Por Gabriela MartinsTamanho do Texto:
Devido à tragédia do Rio de Janeiro, a Defesa Civil de Araraquara dará início à Campanha SOS Rio para arrecadar alimentos para as vítimas das enchentes na região serrana do Estado.
A mobilização será feita pela Prefeitura de Araraquara, a Câmara Municipal, o Fundo Social de Solidariedade e a Defesa Civil. A logística da campanha e os locais de coleta serão definidos em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira.
Mas a Defesa Civil adianta que a prioridade é para doações de material de higiene pessoal, alimentos não-perecíveis e água potável. Doações em dinheiro podem ser realizadas nas agências do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal.
Mais informações podem ser obtidas no Fundo Social pelo telefone (16) 3331-5406.
Por Gabriela MartinsTamanho do Texto:
Devido à tragédia do Rio de Janeiro, a Defesa Civil de Araraquara dará início à Campanha SOS Rio para arrecadar alimentos para as vítimas das enchentes na região serrana do Estado.
A mobilização será feita pela Prefeitura de Araraquara, a Câmara Municipal, o Fundo Social de Solidariedade e a Defesa Civil. A logística da campanha e os locais de coleta serão definidos em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira.
Mas a Defesa Civil adianta que a prioridade é para doações de material de higiene pessoal, alimentos não-perecíveis e água potável. Doações em dinheiro podem ser realizadas nas agências do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal.
Mais informações podem ser obtidas no Fundo Social pelo telefone (16) 3331-5406.
Temos que rir para não chorar ... mais abobrinhas de João
O vereador, ex-secretário de habitação João Farias (o que jogou num time e foi mandado embora e pra entrar no time adversário vive falando do mal dos seus ex-companheiros) deu mais uma bola fora.
João foi escolhido pelo prefeito Marcelo para ser líder na câmara e defender um governo que ninguém quer defender, seu antecessor Tenente Santana deve amargura até hoje sua decisão de ocupar este posto e perde espaço político dentro da Casa de Leis. Farias deu uma entrevista ao jornal Tribuna Impressa e soltou uma declaração de uma análise profunda. Disse que os dois ano de governo de Marcelo Barbiei dão um "baile" nos 8 anos de governo de Edinho Silva. Edinho foi considerado pela população o melhor prefeito da história de Araraquara e saiu com uma alta aprovação de seu governo (isso quem fala são os araraquarenses). Não foi à toa que Edinho obteve uma votação histórica para deputado estadual na cidade. Sem contar que o ex-prefeito petista é bem vindo em todos os lugares de Araraquara. Seus anos de governo foram reconhecidos nacionalmente, quando o Firjan escolheu, em pesquisa, Araraquara a cidade mais desenvolvida do Brasil com base em 2007 (recomendo ao vereador visitar o site www.firjan.org.br). Edinho transformou Araraquara, costumo dizer que ele recebeu em 2002 uma fazenda e entregou em 2008 uma cidade desenvolvida, séria e com geração de empregos.
Alguém avisa ao "gênio" da política que quem define o que é melhor ou pior é a população, e que o prefeito Marcelo Barbieri ainda tem mais dois anos para cumprir suas promessas. Avisem também ao ilustre vereador que nós populares não passamos a tarefa de analisar os governo à ninguém e que ele não pode falar por Araraquara.
Depois de ler a entrevista o prefeito Marcelo Barbieri deve ter começado a chorar, pois tudo o que ele nunca quis era ser comparado ao Edinho, mostrando que tinha começado um novo governo. E se o nobre vereador quer defender mesmo o governo de Marcelo e tentar sua continuação evite também comparações com Edinho e o governo do PT, porque a população não é mais boba e terá 4 anos para comparar, e o povo vai comparar, vai colocar na balança quem foi melhor.
João Farias começa seu posto de líder atirando dentro da própria casa.
Bela escolha prefeito.
João foi escolhido pelo prefeito Marcelo para ser líder na câmara e defender um governo que ninguém quer defender, seu antecessor Tenente Santana deve amargura até hoje sua decisão de ocupar este posto e perde espaço político dentro da Casa de Leis. Farias deu uma entrevista ao jornal Tribuna Impressa e soltou uma declaração de uma análise profunda. Disse que os dois ano de governo de Marcelo Barbiei dão um "baile" nos 8 anos de governo de Edinho Silva. Edinho foi considerado pela população o melhor prefeito da história de Araraquara e saiu com uma alta aprovação de seu governo (isso quem fala são os araraquarenses). Não foi à toa que Edinho obteve uma votação histórica para deputado estadual na cidade. Sem contar que o ex-prefeito petista é bem vindo em todos os lugares de Araraquara. Seus anos de governo foram reconhecidos nacionalmente, quando o Firjan escolheu, em pesquisa, Araraquara a cidade mais desenvolvida do Brasil com base em 2007 (recomendo ao vereador visitar o site www.firjan.org.br). Edinho transformou Araraquara, costumo dizer que ele recebeu em 2002 uma fazenda e entregou em 2008 uma cidade desenvolvida, séria e com geração de empregos.
Alguém avisa ao "gênio" da política que quem define o que é melhor ou pior é a população, e que o prefeito Marcelo Barbieri ainda tem mais dois anos para cumprir suas promessas. Avisem também ao ilustre vereador que nós populares não passamos a tarefa de analisar os governo à ninguém e que ele não pode falar por Araraquara.
Depois de ler a entrevista o prefeito Marcelo Barbieri deve ter começado a chorar, pois tudo o que ele nunca quis era ser comparado ao Edinho, mostrando que tinha começado um novo governo. E se o nobre vereador quer defender mesmo o governo de Marcelo e tentar sua continuação evite também comparações com Edinho e o governo do PT, porque a população não é mais boba e terá 4 anos para comparar, e o povo vai comparar, vai colocar na balança quem foi melhor.
João Farias começa seu posto de líder atirando dentro da própria casa.
Bela escolha prefeito.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Presidenta, sim!
Marcos Bagno
11 de janeiro de 2011 às 10:58h
Se uma mulher e seu cachorro estão atravessando a rua e um motorista embriagado atinge essa senhora e seu cão, o que vamos encontrar no noticiário é o seguinte: “Mulher e cachorro são atropelados por motorista bêbado”. Não é impressionante? Basta um cachorro para fazer sumir a especificidade feminina de uma mulher e jogá-la dentro da forma supostamente “neutra” do masculino. Se alguém tem um filho e oito filhas, vai dizer que tem nove filhos. Quer dizer que a língua é machista? Não, a língua não é machista, porque a língua não existe: o que existe são falantes da língua, gente de carne e osso que determina os destinos do idioma. E como os destinos do idioma, e da sociedade, têm sido determinados desde a pré-história pelos homens, não admira que a marca desse predomínio masculino tenha sido inscrustada na gramática das línguas.
Somente no século XX as mulheres puderam começar a lutar por seus direitos e a exigir, inclusive, que fossem adotadas formas novas em diferentes línguas para acabar com a discriminação multimilenar. Em francês, as profissões, que sempre tiveram forma exclusivamente masculina, passaram a ter seu correspondente feminino, principalmente no francês do Canadá, país incomparavelmente mais democrático e moderno do que a França. Em muitas sociedades desapareceu a distinção entre “senhorita” e “senhora”, já que nunca houve forma específica para o homem não casado, como se o casamento fosse o destino único e possível para todas as mulheres. É claro que isso não aconteceu em todo o mundo, e muitos judeus continuam hoje em dia a rezar a oração que diz “obrigado, Senhor, por eu não ter nascido mulher”.
Agora que temos uma mulher na presidência da República, e não o tucano com cara de vampiro que se tornou o apóstolo da direita mais conservadora, vemos que o Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma presidenta, oficializou essa forma em todas as instâncias do governo e deixou claro que é assim que deseja ser chamada. Mas o que faz a nossa “grande imprensa”? Por decisão própria, com raríssimas exceções, como CartaCapital, decide usar única e exclusivamente presidente. E chovem as perguntas das pessoas que têm preguiça de abrir um dicionário ou uma boa gramática: é certo ou é errado? Os dicionários e as gramáticas trazem, preto no branco, a forma presidenta. Mas ainda que não trouxessem, ela estaria perfeitamente de acordo com as regras de formação de palavras da língua.
Assim procederam os chilenos com a presidenta Bachelet, os nicaraguenses com a presidenta Violeta Chamorro, assim procedem os argentinos com a presidenta Cristina K. e os costarricenses com a presidenta Laura Chinchilla Miranda. Mas aqui no Brasil, a “grande mídia” se recusa terminantemente a reconhecer que uma mulher na presidência é um fato extraordinário e que, justamente por isso, merece ser designado por uma forma marcadamente distinta, que é presidenta. O bobo-alegre que desorienta a Folha de S.Paulo em questões de língua declarou que a forma presidenta ia causar “estranheza nos leitores”. Desde quando ele conhece a opinião de todos os leitores do jornal? E por que causaria estranheza aos leitores se aos eleitores não causou estranheza votar na presidenta?
Como diria nosso herói Macunaíma: “Ai, que preguiça…” Mas de uma coisa eu tenho sérias desconfianças: se fosse uma candidata do PSDB que tivesse sido eleita e pedisse para ser chamada de presidenta, a nossa “grande mídia” conservadora decerto não hesitaria em atender a essa solicitação. Ou quem sabe até mesmo a candidata verde por fora e azul por dentro, defensora de tantas ideias retrógradas, seria agraciada com esse obséquio se o pedisse. Estranheza? Nenhuma, diante do que essa mesma imprensa fez durante a campanha. É a exasperação da mídia, umbilicalmente ligada às camadas dominantes, que tenta, nem que seja por um simples -e no lugar de um -a, continuar sua torpe missão de desinformação e distorção da opinião pública.
Marcos Bagno é professor de Linguística na Universidade de Brasília
Original CartaCapital.com.br
11 de janeiro de 2011 às 10:58h
Se uma mulher e seu cachorro estão atravessando a rua e um motorista embriagado atinge essa senhora e seu cão, o que vamos encontrar no noticiário é o seguinte: “Mulher e cachorro são atropelados por motorista bêbado”. Não é impressionante? Basta um cachorro para fazer sumir a especificidade feminina de uma mulher e jogá-la dentro da forma supostamente “neutra” do masculino. Se alguém tem um filho e oito filhas, vai dizer que tem nove filhos. Quer dizer que a língua é machista? Não, a língua não é machista, porque a língua não existe: o que existe são falantes da língua, gente de carne e osso que determina os destinos do idioma. E como os destinos do idioma, e da sociedade, têm sido determinados desde a pré-história pelos homens, não admira que a marca desse predomínio masculino tenha sido inscrustada na gramática das línguas.
Somente no século XX as mulheres puderam começar a lutar por seus direitos e a exigir, inclusive, que fossem adotadas formas novas em diferentes línguas para acabar com a discriminação multimilenar. Em francês, as profissões, que sempre tiveram forma exclusivamente masculina, passaram a ter seu correspondente feminino, principalmente no francês do Canadá, país incomparavelmente mais democrático e moderno do que a França. Em muitas sociedades desapareceu a distinção entre “senhorita” e “senhora”, já que nunca houve forma específica para o homem não casado, como se o casamento fosse o destino único e possível para todas as mulheres. É claro que isso não aconteceu em todo o mundo, e muitos judeus continuam hoje em dia a rezar a oração que diz “obrigado, Senhor, por eu não ter nascido mulher”.
Agora que temos uma mulher na presidência da República, e não o tucano com cara de vampiro que se tornou o apóstolo da direita mais conservadora, vemos que o Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma presidenta, oficializou essa forma em todas as instâncias do governo e deixou claro que é assim que deseja ser chamada. Mas o que faz a nossa “grande imprensa”? Por decisão própria, com raríssimas exceções, como CartaCapital, decide usar única e exclusivamente presidente. E chovem as perguntas das pessoas que têm preguiça de abrir um dicionário ou uma boa gramática: é certo ou é errado? Os dicionários e as gramáticas trazem, preto no branco, a forma presidenta. Mas ainda que não trouxessem, ela estaria perfeitamente de acordo com as regras de formação de palavras da língua.
Assim procederam os chilenos com a presidenta Bachelet, os nicaraguenses com a presidenta Violeta Chamorro, assim procedem os argentinos com a presidenta Cristina K. e os costarricenses com a presidenta Laura Chinchilla Miranda. Mas aqui no Brasil, a “grande mídia” se recusa terminantemente a reconhecer que uma mulher na presidência é um fato extraordinário e que, justamente por isso, merece ser designado por uma forma marcadamente distinta, que é presidenta. O bobo-alegre que desorienta a Folha de S.Paulo em questões de língua declarou que a forma presidenta ia causar “estranheza nos leitores”. Desde quando ele conhece a opinião de todos os leitores do jornal? E por que causaria estranheza aos leitores se aos eleitores não causou estranheza votar na presidenta?
Como diria nosso herói Macunaíma: “Ai, que preguiça…” Mas de uma coisa eu tenho sérias desconfianças: se fosse uma candidata do PSDB que tivesse sido eleita e pedisse para ser chamada de presidenta, a nossa “grande mídia” conservadora decerto não hesitaria em atender a essa solicitação. Ou quem sabe até mesmo a candidata verde por fora e azul por dentro, defensora de tantas ideias retrógradas, seria agraciada com esse obséquio se o pedisse. Estranheza? Nenhuma, diante do que essa mesma imprensa fez durante a campanha. É a exasperação da mídia, umbilicalmente ligada às camadas dominantes, que tenta, nem que seja por um simples -e no lugar de um -a, continuar sua torpe missão de desinformação e distorção da opinião pública.
Marcos Bagno é professor de Linguística na Universidade de Brasília
Original CartaCapital.com.br
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Notícia pra começarmos bem 2011 ...
Despenca audiência do jornal dos tucanos:"JN" perde um de cada quatro espectadores
Uma notinha publicado na coluna Outro Canal, deve deixar os tucanos preocupados. Afinal, JN sempre foi a bancada de propaganda do PSDB n TV. O "Jornal Nacional" (Globo) fechou 2010 com a pior audiência de sua história.Segundo pesquisa do Ibope, o noticiário registrou em 2000 média de 39,2 pontos, com 56% de share (participação entre TVs ligadas). (Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP).
Encerrou 2010 com média 29,8 pontos e 49,3% de share, uma queda de 24% de audiência em relação a 2000: perdendo um de cada quatro telespectadores.Também pela primeira vez, o "JN" ficou abaixo dos 50% de share. Seu ápice na década foi em 2004, em que alcançou média de 39,4 pontos e 61,9% de share.
Que seja abençoada a democracia!!
Uma notinha publicado na coluna Outro Canal, deve deixar os tucanos preocupados. Afinal, JN sempre foi a bancada de propaganda do PSDB n TV. O "Jornal Nacional" (Globo) fechou 2010 com a pior audiência de sua história.Segundo pesquisa do Ibope, o noticiário registrou em 2000 média de 39,2 pontos, com 56% de share (participação entre TVs ligadas). (Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP).
Encerrou 2010 com média 29,8 pontos e 49,3% de share, uma queda de 24% de audiência em relação a 2000: perdendo um de cada quatro telespectadores.Também pela primeira vez, o "JN" ficou abaixo dos 50% de share. Seu ápice na década foi em 2004, em que alcançou média de 39,4 pontos e 61,9% de share.
Que seja abençoada a democracia!!
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Você confia no Serra? Ia votar no Serra? Leia isso então:
Alckmin fará auditorias em contratos do governo Serra
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
O governador Geraldo Alckmin auditará todos os contratos de terceirização de serviços herdados da gestão de José Serra (PSDB).
Os alckmistas dizem que não é revanche, mas a determinação de Alckmin repete pacote anunciado por Serra em 2007 que abriu crise entre "serristas" e "alckmistas".
Na primeira semana de governo, Serra apresentou medidas de austeridade fiscal, que incluíam desde a revisão de contratos até pente fino no funcionalismo. Alckmin havia deixado o governo em 2006 e se sentiu exposto.
Nessa gestão, o pente-fino nos contratos e repasses a entidades sociais será feito pelo secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini (PSDB-SP).
Só os serviços terceirizados que serão auditados somam R$ 4,1 bilhões em gastos, sendo R$ 2,8 bilhões na administração direta e R$ 1,3 bilhões na indireta.
Todo o trabalho de Semeghini será orientado pelo consultor de gestão Vicente Falconi, do INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial). Falconi orientou o chamado "choque de gestão" feito pelo senador eleito Aécio Neves em Minas, quando governador do Estado.
NEM ALCKMIN CONFIA NELE, NEM O AÉCIO, NEM O FHC, NEM O PSDB ... UFA SOBRO ALGUÉM ?
É DILMAA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
O governador Geraldo Alckmin auditará todos os contratos de terceirização de serviços herdados da gestão de José Serra (PSDB).
Os alckmistas dizem que não é revanche, mas a determinação de Alckmin repete pacote anunciado por Serra em 2007 que abriu crise entre "serristas" e "alckmistas".
Na primeira semana de governo, Serra apresentou medidas de austeridade fiscal, que incluíam desde a revisão de contratos até pente fino no funcionalismo. Alckmin havia deixado o governo em 2006 e se sentiu exposto.
Nessa gestão, o pente-fino nos contratos e repasses a entidades sociais será feito pelo secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini (PSDB-SP).
Só os serviços terceirizados que serão auditados somam R$ 4,1 bilhões em gastos, sendo R$ 2,8 bilhões na administração direta e R$ 1,3 bilhões na indireta.
Todo o trabalho de Semeghini será orientado pelo consultor de gestão Vicente Falconi, do INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial). Falconi orientou o chamado "choque de gestão" feito pelo senador eleito Aécio Neves em Minas, quando governador do Estado.
NEM ALCKMIN CONFIA NELE, NEM O AÉCIO, NEM O FHC, NEM O PSDB ... UFA SOBRO ALGUÉM ?
É DILMAA
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