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sábado, 11 de setembro de 2010

Quase 30 milhões entraram na classe média durante governo Lula

11 de setembro de 2010

Quase 30 milhões de pessoas ingressaram na nova classe média entre 2003 e 2009. O dado foi divulgado hoje (10) pelo coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getulio Vargas), Marcelo Néri. De acordo com a pesquisa, na época da crise a classe C cresceu mais do que as demais, chegando no ano passado a abranger 94,9 milhões de brasileiros, ou seja, mais da metade da população.


Ainda de acordo com o levantamento "A Nova Classe Média: o Lado Brilhante dos Pobres", a soma da população das classes A, B e C passa de 61%. Em 1992, as classes D e E é somaxvam 61% da população.


"Em seis anos, 35,6 milhões de pessoas foram incorporadas às classes A, B e C, o que equivale a mais da metade de um país como a França. Desse total, 10% foram registrados no ano passado, que foi o ano da crise", explicou Néri. Ele definiu o período 2008/2009 como um ano de crise para as elites, mas não para as estatísticas sociais.


RENDA


Em artigo publicado na Folha na quinta-feira, Neri revelou que a renda dos brasileiros mais pobres avançou mais que a dos mais ricos no ano passado. Os 40% mais pobres tiveram ganho de 3,15% e os 10% mais ricos, de 1,09%.


Os cálculos foram feitos com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), e integram o estudo divulgado hoje.


Na média, a renda per capita dos brasileiros cresceu 2,04% entre 2008 e 2009.


De 2003 a 2008, a renda per capita dos brasileiros cresceu mais que o do PIB (Produto Interno Bruto). Enquanto o PIB avançou 3,78% ao ano e a renda se amplicou em 5,23% ao ano, em termos per capita (descontado o crescimento populacional).


Ano passado, o PIB per capita caiu 1,5% (por conta da crise, mas a renda medida pela Pnad subiu 2,04%.


Neri diz que o Brasil vive um crescimento comparável ao da China, mas diz que o avanço econômico no Brasil tem qualidade superior ao do país asiático.


"O boom brasileiro recente seria de melhor qualidade que o chinês pois vem acompanhado de maior equidade, enquanto a China vive uma crescente desigualdade similar a que vivemos durante o milagre econômico brasileiro dos anos 60, bem detalhado no livro seminal de Carlos Langoni." Reuters

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