Páginas

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Uma carta de jovens amigos Católicos, Mórmons e Evangélicos


Reflitam sobre esses dois mandamentos:

II – Não tomar seu santo nome em vão VIII – Não levantar falso testemunho

Nos últimos meses o Brasil tem presenciado talvez a mais agressiva campanha presidencial de sua história. Um candidato resolveu apelar para as religiões, para inverter o quadro agravante de sua candidatura. Disposto a conseguir maior número de votos possível, sem se preocupar com escrúpulos e respeito à história brasileira de tolerância religiosa. Estratégia política já usada, no passado recente, pelo mesmo grupo político contra os mesmos adversários, mas naquela não sutil efeito.
Ao contrário do que foi e esta sendo dito, nos últimos anos temos visto respeito à liberdade religiosa, a democracia e ao direito do ser humano de se expressar politicamente e religiosamente. Não houve a concretização de nenhuma das ameaças levantadas no período eleitoral. Porém voltam a insistir na política do medo e do terrorismo eleitoral.
“A casa de Deus é uma casa de ordem, e essa ordem deve ser mantida”. Será que a oposição vem respeitando essa ordem? Acusar seu oponente de tentar acabar com a liberdade religiosa e instigar os conflitos étnicos é compatível com os significados da palavra "ordem" que Deus pede?
Como é tentar chegar ao comando de um país pelo medo? Na história política brasileira, temos um exemplo de um regime que se instalou propagandeando o medo entre os brasileiros. Em 1° de Abril de 1964 assistimos ao Golpe Militar, onde o exército comandou o Brasil até 1985, esse tempo de escuridão dispensa nossos comentários, porém cabe lembrar que os grupos políticos que ajudaram na Ditadura estão hoje na campanha do candidato de oposição, só ver a tentativa de reviver a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, movimento de setores conservadores da sociedade, porém em um contexto totalmente inapropriado.
A atuação de um governante para seguir os ensinamentos cristãos, vão além dos dogmas religiosos. Ele tem que trabalhar para acabar com a desigualdade social e com a fome, distribuir renda para todos os cidadãos, apontar caminhos para geração de emprego, alcançar o reconhecimento internacional da nação que dirige. Respeitando o seu povo, defendendo a democracia plena.
Portanto, “um homem mau não pode fazer o bem; nem dará ele uma boa dádiva”, passagem do livro de mórmon, Morôni capítulo7, versículos 6 e 10, se hoje colhemos dádivas, apenas um homem de bem pode ter as feito.
O Presidente da República Federativa do Brasil deve ser uma pessoa com integridade e caráter e que pregue o Estado laico. Deve ter a capacidade de reconhecer a adversidade cultural e religiosa do nosso país. Respeitando cada instituição religiosa e dando a elas as condições necessárias para que prossigam seus ensinamentos, deixando, exclusivamente, para o cidadão a decisão de optar por qual caminho seguir.
Não podemos assistir calúnias serem levantadas contra uma pessoa, seja ela de qual partido político for, e não nos indignarmos e pior repassarmos as pessoas de nosso círculo pessoal essas inverdades. Cabe apenas ao cristão defender sua opção religiosa e não ao Presidente da República, pois a ele apenas cabe nos garantir o direito de nos expressarmos.
Nós cristãos não podemos ser coniventes com essa atuação vergonhosa de pessoas do submundo da política, que usam, inescrupulosamente, o nome de Deus e retorcem todos os ensinamentos de seu filho Jesus. Devemos defender a verdade, ter a coragem de enfrentar os problemas com a seriedade que eles clamam e trazer para nossos irmãos, que se deixam levar por essas leviandades, a Paz e o Amor que Jesus Cristo pregou por toda a sua vida.
Cristo em nenhum momento de sua vida usou de mentiras e falso testemunho para combater aqueles que eram contra o amor de Deus. Se, o uso destas artimanhas tornou-se necessária, será que não estamos interpretando mal os fatos históricos e trocando o herói pelo bandido? Briga-se tanto hoje pela permanência de nossa democracia e liberdade, então porque taxamos os brasileiros, que durante o período ditatorial dos militares deram suas vidas a essa mesma batalha, de terroristas?
Estamos diante de uma decisão que decidirá o futuro do Brasil, diante de dois modelos de governos já testados pela população. Demos oito anos ao PSDB e oito anos ao PT, demos dois mandatos ao Fernando Henrique Cardoso e mais dois mandatos ao Luiz Inácio Lula da Silva.
Os candidatos que chegam ao segundo turno das eleições presidenciais de 2010, cada um participou ativamente de um desses governos. Cada candidato ocupou duas pastas ministeriais estratégicas. José Serra foi ministro de FHC no Planejamento e na Saúde e Dilma Rousseff foi ministra de Lula na Minas e Energia e Casa Civil.
É essa escolha que esta posta a nós brasileiros, tanto um quanto o outro já se declararam a favor da liberdade religiosa e que, num provável governo, respeitarão a adversidade étnica do nosso querido Brasil. Aqui não há ódio, o povo que é conhecido pelo mundo, como a nação mais alegre do globo, não pode transformar as eleições, o auge da democracia, em um conflito.


Cristão Brasileiro e de todo o mundo prega Amor e Paz de Cristo, com Amor e Paz de Cristo !!

Nenhum comentário:

Postar um comentário